quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Peça e Receba: Literatura Cristã.

Escreva para o email do blog, deixe seu endereço e receba gratuitamente em sua casa 5 livretos de histórias e aventuras bíblicas voltadas para o público infanto-juvenil. Os primeiros 100 pedidos serão presenteados.

Nosso email: luteranavr@gmail.com
Confira abaixo os livretos:












quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cinzas coloridas


Em abril do ano passado foram as cinzas do vulcão islandês que caíram sobre minha massa cinzenta e rendeu o artigo “Se Deus quiser”. Agora elas vêm de mais perto, literalmente encobrem nosso céu colorido, e me devolvem o assunto. A incômoda nuvem que circunda o planeta obriga na reflexão da imprevisibilidade dos projetos humanos. Afinal, se o cuspidor de fogo dormiu 50 anos, então, após 8 horas, despertamos sem prever o quê poderá atrapalhar nossa agenda. O Sábio já advertiu que “as pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra” (Provérbios 16.1).

Por isto os conselhos de Tiago (4.13-15): “Agora escutem, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!’ Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira... O que vocês deveriam dizer é isto: ‘Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’”. Portanto, antes de agendar qualquer coisa, sempre “se Deus quiser”. Aliás, humildade é o princípio da sabedoria. Algo que nos falta quando “somos orgulhosos e vivemos nos gabando” (4.16).

As cinzas do vulcão, sem dúvida, são a oportunidade para escapar do pior. Elas caem dos céus, congestionam aeroportos e consciências, e lembram aquilo que diz a Bíblia: “tu és pó e ao pó tornarás”. Fruto do fogo que devora, aparecem nas Escrituras acompanhadas de vestes grosseiras, jejuns, lamentações, em sinal de arrependimento. Se hoje são símbolos num rito religioso do passado – e lembradas de maneira equivocada numa quarta-feira após o Carnaval – forçam nestas horas a refletir sobre os limites das intenções humanas.

No entanto, do “cancelado”, as cinzas podem indicar “confirmado”. Afinal, ainda é tempo para fazer o check in. O procedimento para seguir viagem permanece por meio daquele que disse: Eu sou o Caminho. Foi pensando nele que o Sábio recomendou: “Peça a Deus que abençoe os seus planos, e eles dão certo” (Provérbios 16.3). E assim, incrivelmente as cinzas ficam coloridas.

Reverendo Marcos Schmidt

domingo, 12 de junho de 2011

Nossa enquete


Amigos leitores,

Hoje, 12 de junho, iniciamos uma enquente em nosso blog para saber de você, que nos acompanha, o que mais gostaria de ver por aqui. Vote! Sua opinião é importante e bem-vinda. Você tem até o dia 30 para votar. Nos ajude a tornar o blog melhor!


Pedro Francisco Campos
Universitário e Secretário da Igreja Luterana Volta Redonda

Traduzir para salvar


A internet possui, hoje, ótimas ferramentas para a tradução de textos. Pode até ouvir o texto na língua original da qual se quer traduzir. Porém, esses serviços de tradução rápida não são novidade. Quando se trata de traduzir o Evangelho, o Pentecostes foi pioneiro.

O profeta Joel havia profetizado e Deus cumpriu essa profecia no Pentecostes. Os seguidores de Jesus receberam do Espírito Santo um dom especial para falar em idiomas estrangeiros, para que os vários judeus turistas, que estavam em Jerusalém para comemorar a Festa da Colheita, pudessem ouvir o evangelho de Cristo em sua própria língua. A Bíblia diz que “todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa” (At 2.4).

O Pentecostes marca o dia em que a Igreja começou o seu trabalho de evangelização. Sem o Pentecostes, isso é, sem que Deus tivesse traduzido a mensagem salvadora, poucos poderiam ter tido acesso à mensagem que salva, transforma, liberta e renova.

Hoje é também o Dia dos Namorados. Nesta data fala-se muito de amor e de paixão, assim como do sentimento de dividir uma mesma vida e de compartilhar as mesmas coisas. A mensagem anunciada no Pentecostes provoca justamente isso no coração de cada cristão: amor e cumplicidade. Nos versículos 43 a 47 do livro de Atos, capítulo 2, vemos os cristãos repartindo tudo, vivendo em união, compartilhando o que tinham. E, certamente, não deixavam de repartir entre todos o melhor que tinham: a Salvação por meio de Jesus, que Deus havia enviado para salvar as pessoas.

Feliz dia de Pentecostes! Feliz Dia dos Namorados! Desfrute do amor de Jesus Cristo que a mensagem do Pentecostes traz até você! E compartilhe essa realidade com quem você ama!

Reverendo Tiago Albrecht

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O tempo passa



Às vezes parece que, com o passar do tempo, vão se esgotando os sonhos, os desejos e as ilusões. Além disso, a passagem do ano vai levando também as nossas forças e a nossa vontade de mudar o mundo. Outras vezes sentimos que a batalha está perdida. Não desanime! Deus tem muitos anos mais do que você, e nem por isso perdeu a esperança. Você tem idéia de quanto tempo Deus gasta lutando por você? Ou, levantando você, quando você cai; animando você quando você desanima; perdoando você quando você o deixa de lado? Você já calculou quanto tempo Deus gasta amando você? Anime-se, Deus lhe deu toda uma vida para você viver, para você realizar os seus sonhos e para você dar e receber amor. A Bíblia diz: “Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os que confiam no Deus Eterno recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.” Viva sempre com fé e confiança em Deus!

Hora Luterana

quinta-feira, 9 de junho de 2011

IELB 107 Anos

O cupido e o Espirito Santo


Com seu arco e flechas, o Cupido acerta o coração das pessoas e provoca paixão. Também conhecido na mitologia grega por “deus Eros”, diz a história que este menino alado se arranhou acidentalmente com sua flecha e se apaixonou pela humana Psiquê. No final, conseguiu levar sua amada ao Olimpo para viverem felizes para sempre.

Pensei no Cupido e no Espírito Santo, já que neste ano o Dia dos Namorados também é o Domingo de Pentecostes. O Espírito divino dos cristãos, que desceu vestido com asas de pomba no batismo de Jesus e no Pentecostes em forma de línguas de fogo, é o mesmo que atinge as pessoas com a flecha do Evangelho e cria o amor “ágape”. E se na lenda grega há intrigas e ciúmes – típico da paixão humana, já na história do Deus Consolador existe amor, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio (Gálatas 5).

Por isso os cristãos de Corinto – que antes iam ao templo da deusa Afrodite, mãe de Éros, para se prostituirem com as sacerdotisas – foram advertidos por Paulo: “Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo (...) Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo?” (1 Coríntios 6.18,19). Na mesma carta, o apóstolo dá conselhos aos casados, solteiros e viúvas: “Já que existe tanta imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido (7.2).

Diferente do amor “tragédia grega”, doentio, violento, inconsequente – as flechas certeiras do Espírito incendeiam o amor paciente e bondoso, que não é ciumento, nem orgulhoso, vaidoso, grosseiro e egoísta (1 Co 13). Uma paixão celestial pelo ser humano que se tornou realidade graças ao Filho de Deus, ferido voluntariamente na cruz para escrever a verdadeira história de amor. Por isto os cristãos são descritos igual a uma noiva que vai se encontrar com o noivo Jesus (Apocalipse 21) e viverão felizes para sempre.

Reverendo Marcos Schmidt

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A TV e o sexo


A TV digital está sendo anunciada! Promete-se uma imagem ainda mais nítida, sons ainda mais reais!

Fico feliz com essas inovações, mas por outro lado, os conteúdos televisivos preocupam. Pesquisadores do instituto RAND recrutaram e entrevistaram jovens entre 12 e 17 anos durante os anos de 2001 a 2004. Chegou-se a evidente conclusão de que os programas de TV que apelam para o lado sexual são prejudiciais às crianças e adolescentes e geram comportamento de risco.

Televisão não é coisa do diabo! Sexo não é coisa do diabo. É importante dizer isso, para não ser taxado prematuramente de moralista, careta, antiquado ou ultrapassado. O que a pesquisa revelou, e o que quero destacar é o perigo da banalização, do status descartável e animalesco que se dá ao sexo na maioria dos programas de televisão.

Sexo é criação de Deus, está dentro dos planos divinos para o homem e a mulher. Não somente para a procriação, mas igualmente para um relacionamento íntimo, de amor e responsabilidades mútuas e maduras. Portanto, sexo é algo bom e precioso! Deus o blindou, o protegeu com o casamento, o reservou para um casal adulto, que se ama, e que, em nome deste amor, estabelece uma nova família.

A TV tem enorme força e influência na vida da gente. Ela faz a cabeça da maioria! Ela influencia a maneira de ser, de agir e reagir das crianças e jovens. Em todo lugar percebe-se meninos e meninas pressionados a entenderem tudo sobre sexo, usando palavreado obsceno e sujo. Não é de se espantar que a família está se desestruturando. Uma letra, de uma determinada música (agora já velha também) revela a pressão da mídia e o jeito como a sexualidade é enfocada. Ela diz: “beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é, é namorar pelado!”

Em nome do lucro dos apelos sexuais, alimenta-se o excesso de maníacos, fomenta-se a formação e ação de pedófilos, de estupros, de infidelidades, de doenças sexualmente transmissíveis, de gravidez precoce, etc. Depois a sociedade chora!

A Bíblia fala contra a imoralidade sexual, ela condena a infidelidade, o abuso! Mas, a Palavra de Jesus não é valorizada, talvez porque não entrou para a era digital, ou porque “não dá ibope”.

Porém, quando o vazio doer no coração, quando a solidão daquele que foi de todo mundo, mas que não é verdadeiramente de ninguém doer na alma, não haverá imagem digital, nem programa de grande audiência que irá nos entreter. Por outro lado, é bom saber e dizer que o amor e a misericórdia de Deus não se desligam com controle remoto e que estão sempre disponíveis em Jesus. Na força do seu perdão e na sabedoria dos seus conselhos, a vida fica bem melhor!

Reverendo Ismael Lambrecht Pinz

terça-feira, 7 de junho de 2011

A verdadeira felicidade


Quem não quer ser feliz? Este é o sonho de todos nós. Mas qual é o segredo da felicidade? Cada um daria a sua receita de como ser realmente feliz. Jesus nos dá em sua Palavra a receita para a verdadeira felicidade. E como ele é Deus, a receita é verdadeira e funciona. Ele disse: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas” (Mt 5.3). A felicidade que Jesus está falando é a felicidade dos seguidores do Messias, Jesus Cristo. Estas pessoas são verdadeiramente felizes por que confiam totalmente em Jesus e não em seus próprios méritos ou obras. Seja feliz também! Confie em Jesus Cristo como seu Salvador, só então você conhecerá a felicidade que não é passageira, mas que dura para sempre.

Hora Luterana

domingo, 5 de junho de 2011

Nosso testemunho na fraqueza


Cristo somente pode dar-nos seu poder se formos fracos. Se pudéssemos fazer frente a nossos adversários por meio de nossa própria força e poder, a glória seria nossa e não de Cristo. Agora, a experiência ensina-nos que não podemos ajudar a nós mesmos, mas que Deus tem de fazer isso. Assim, ele é glorificado em nossa fraqueza.

Cristo, o Senhor, consola-nos com esse conhecimento de que, por vezes, temos que ser fracos enquanto nossos inimigos se fortalecem e se gabam; mas, apesar de tudo, Cristo sai vitorioso.

Assim, Deus nos trata quando, aos olhos do mundo, nossas vidas e tudo o que temos parecem cair aos pedaços e ir por águas abaixo; quando, aos olhos do mundo, somos, aparentemente, fracos ou, quando, cada cristão, individualmente, parece estar sucumbindo. Nessas circunstâncias, não devemos nos assustar nem desesperar. Devemos aprender que Deus, nosso Senhor, não está brincando quando se mostra debilitado, mas leva isso a sério. Ele deseja derrubar o forte por meio do fraco, exaltando o fraco. Agora, não devemos encarar isso à luz da razão humana, como, geralmente, se faz. Pois, nesse caso, estamos perdidos. Saibamos, todavia, que Deus deseja vencer os fortes por meio dos fracos. isso deve ser aceito com fé e de olhos fechados.

Martinho Lutero

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Corrida espacial e terrena


“Olhei para todos os lados, mas não vi Deus”, disse Yuri Gagarin no primeiro voo espacial tripulado há 50 anos. Naquele 12 de abril, a agência oficial de notícias da União Soviética transmitia: “Gagarin voltou da sua ascensão e a todos felicitou. Pois ele não procura um paraíso nos céus porque não esqueceu que é na terra que o homem o paraíso merece”. Sete anos depois, o astronauta caiu com o seu Mig ao desviar de uma nuvem e perder o controle do avião. Mereceu o paraíso na terra por breve tempo.

Nesta quinta-feira a Bíblia lembra que Jesus ascendeu ao céu e desapareceu numa nuvem para que os terráqueos pudessem merecer o paraíso. Desceu e subiu com a mesma missão. “Confiem em Deus e confiem também em mim. Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês” (João 14), disse o Senhor ao defender o plano de voo. No entanto, há um perigo aqui, algo parecido com o caso daqueles discípulos deslumbrados na visão. Por isto o recado: “Por que estão olhando para o céu?” (Atos 1.11).

Nem tanto ao céu nem tanto à terra. Nestes dois mil anos este tem sido o desafio dos seguidores de Jesus. E a Ascensão do Senhor tem esta mensagem sinalizadora, tanto para a conduta contemplativa, enclausurada, fora da realidade terrena, e, noutra direção, para a vida grudada em coisas, obstinada na promessa da prosperidade material. A história do Deus que foi mas não foi, que subiu mas ficou, que desapareceu mas está em todos os lugares, lembra que “ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” (1 João 4.20). Por isto a oração do Salvador: “Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno (...) para que o amor que tens por mim esteja neles” (João 17.15,26). Sem este amor, ninguém jamais verá Deus e nem o paraíso. Poderá até olhar para todos os lados, mas enquanto estiver nas alturas, em corridas espaciais e terrenas, só enxergará a si mesmo.

Reverendo Marcos Schmidt

terça-feira, 31 de maio de 2011

A contracultura do palavrão


Dercy Gonçalves era conhecida pelos palavrões. Nas entrevistas que dava na televisão, a gente só ouvia os “biiiiiii” da censura editorial. “O palavrão é o meu ganha pão”, respondeu a um repórter. Referindo-se ao seu palavreado obsceno, um crítico a defende: “Falar mal dela por causa dos palavrões é ridículo, pois o palavrão para ela era uma coisa pura, não tinha nada de negativo”. Não quero falar mal dela, mas permitam-me discordar desta idéia de “coisa pura” e de toda a reverência da mídia brasileira para a irreverência da Dercy. Creio que o exemplo dela fica por conta da sua coragem, ousadia e perseverança – disposição que falta em muita gente que desiste no meio do caminho. Mas não acredito que o riso e a diversão necessitem da obscenidade, e por isto não reconheço neste modo uma lição de vida.

A notoriedade desta divertida e desbocada mulher centenária tem explicação. A própria Dercy revelou: estratégia de público. E qual a explicação para o gosto popular por este tipo de diversão? Li na “Superinteressante” que existe uma resposta científica para o palavrão. Segundo a última edição de fevereiro, pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, os palavrões moram nos porões da cabeça. É o fundo do cérebro, a parte que controla nossas emoções.

Isto tem sentido, afinal, quem já não soltou o verbo em momentos quando as emoções negativas escaparam do controle? Dizem que isto ajuda como terapia. Como, por exemplo, ir ao estádio de futebol, xingar a mãe do juiz e meio mundo e depois voltar tranqüilinho para casa. Mas será que esta é a melhor forma de colocar os bichos para fora? Creio que não! Na biografia Dercy de Cabo a Rabo, a própria autora comenta que entre quatro paredes a comediante era uma pessoa muito triste e solitária. Na verdade, a gente fala do que está cheio o coração. Assisti uma entrevista onde o repórter, diante do túmulo dela em forma de pirâmide, indagava sobre as esperanças após a morte. Ela respondeu que “céu e inferno” era aqui mesmo, e depois a gente se transformava numa energia cósmica. Deve ser a pior coisa do mundo, partir sem ter a certeza de continuar existindo. A vida aqui se torna o pior palavrão.

Nestes tempos quando tudo é motivo para piada e deboche, a Bíblia fala de algo bem sério:

Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama. A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. (Tiago 3.5-6).

Por isto ela recomenda:

Usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem (...) Nada de gritarias, insultos e maldades (...) Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. (Efésios 4.29-30; 5.4). Que as suas palavras sejam sempre agradáveis e de bom gosto. (Colossenses 4.6).

Mas pelo jeito como as coisas andam, contracultura hoje é a linguagem descente.


Reverendo Marcos Schmidt

sábado, 28 de maio de 2011

Unidos com Cristo




Nas guerras antigas, os soldados somente tinham à sua disposição uma proteção de bronze ou de ferro. Vestiam um capacete, uma proteção de placas de ferro e botas resistentes. Carregavam consigo um escudo para se defenderem dos ataques inimigos. Como arma de ataque, normalmente usavam uma espada ou uma lança. Esses soldados precisavam ser muito fortes, caso contrário, seriam facilmente derrotados. Ser soldado exigia uma vida regrada, boa alimentação e muito treinamento.

O apóstolo Paulo está terminando de escrever a sua carta para os cristãos da cidade de Éfeso. Nas suas recomendações finais, ele diz: “Tornem-se cada vez mais fortes, vivendo unidos com o Senhor e recebendo a força do seu grande amor”. A seguir, ele descreve as partes da armadura de um soldado e dá a cada parte dessa armadura um significado espiritual. Ele fala do cinturão da verdade, dos sapatos da prontidão para anunciar a boa notícia da paz, do escudo da fé, do capacete da salvação e da espada da Palavra de Deus. O soldado da época de Paulo precisava ser forte, pois tinha de carregar toda a armadura e ainda estar pronto para atacar. Assim também Deus quer que sejamos fortes o suficiente para resistirmos aos ataques dos inimigos da nossa fé.

As armas de defesa nos são dadas por Deus: verdade, salvação, prontidão e fé. Ele nos dá essas armas por meio de Jesus, que enfrentou todos os inimigos e os venceu em nosso lugar. A sua morte e ressurreição nos garantem a vida eterna.

Arme-se com as armas de Deus, mantenha-se unido com Cristo. Assim você será um verdadeiro vitorioso.

Reverendo Albino Nerling

CPT 05 - Matrimônio (parte 2 de 2)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Deus não muda de ideia



Nós vivemos num mundo em transformação. Aquilo que ontem era aceito como verdade, hoje está sendo contestado. No âmbito da ciência e do conhecimento, não existem verdades absolutas. Podemos dizer que vivemos em um mundo em que quase tudo parece teoria.

Como sofremos influências do meio em que vivemos, às vezes temos a tendência de duvidar de todas as coisas. E essa influência também atinge a nossa relação com Deus.

Às vezes, podemos achar que Deus é como o nosso mundo. Que ele precisa se atualizar e mudar seus conceitos para adaptar-se à realidade presente. Mas a Bíblia garante que Deus não muda de ideia. Talvez você esteja se perguntando: o fato de Deus não mudar de ideia é bom ou ruim? Sem sombra de dúvida, é muito bom. O fato de Deus não mudar nos leva a confiar nele, sabendo que ele vai cumprir o que prometeu. Também nos faz confiar na sua Palavra, a Santa Bíblia, pois sabemos que aquilo que Deus disse há dois ou três mil anos, continua válido. Deus não mudou de ideia.

Podemos até escutar comentários dizendo que a igreja está antiquada, que ela precisa se adaptar ao mundo de hoje. Mas a igreja representa aquele que é eterno e imutável. Por isso, ela pode mudar métodos e estratégias, mas não pode mudar as verdades que prega, pois são verdades do Deus imutável.

Quando Deus enviou Jesus Cristo a este mundo, ele o fez porque amava as pessoas. E ele prometeu: todo aquele que crê nele tem a vida eterna garantida. Você pode confiar plenamente nessa promessa, pois “Deus não muda de ideia a respeito de quem ele escolhe e abençoa”.

Reverendo Albino Nerling

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Blindagem furada


Blindagem é a tecnologia usada em veículos para a proteção contra armas de fogo. No figurativo, tem livrado muita gente desonesta do juízo terreno. O que tem dado certo até agora na suspeita contra o ministro Palocci. Mas com um tremendo furo nesta armadura ao justificar o milagre da multiplicação de seu patrimônio: “todo mundo faz a mesma coisa”.

Uma desculpa comum quando o juízo vem de cima. E igualmente com blindagem repleta de furos. A exemplo do homem próspero e religioso que chegou a Jesus com uma inquietante pergunta: - “O que devo fazer para conseguir a vida eterna?” (Lucas 18). “Você conhece os mandamentos”, respondeu o Salvador – como que dizendo: “é só cumprir”. “Desde criança eu tenho obedecido a todos esses mandamentos”, retrucou o homem. “Falta mais uma coisa para você fazer. Venda tudo o que você tem, e dê o dinheiro aos pobres”, sugeriu Jesus. Mas o homem foi embora, carregando o peso da sua diabólica armadura.

O problema dele era o sucateado tanque bélico da sua religião: “o que devo fazer?”. Um terrível engano, pois “quem quebra um só mandamento da lei é culpado de quebrar todos” (Tiago 2.10). Mas ele ostentava uma auréola, afinal, não cometia adultério, nem matava, roubava, ou mentia. Por isto o tiro certeiro de Jesus na parte mais enferrujada e sensível: “Só falta uma coisa, dê todo o seu dinheiro aos pobres”. O Salvador foi direto ao primeiro mandamento, e a blindagem desmoronou de vez. Ficou na cara que o “deus” que ele tinha era o dinheiro.

Só uma blindagem resolve quando o assunto é a corrupção: “Vistam-se com toda a armadura que Deus dá a vocês” (Efésios 6.11). Proteção que surge pela “união com Cristo” e que parte para as boas obras (2.10). Uma nova vida que logo aparece: “Quem roubava que não roube mais, porém comece a trabalhar a fim de viver honestamente e poder ajudar os pobres” (4.28). Lastimavelmente, uma blindagem que falta na vida de gente com justificativas furadas.

Reverendo Marcos Schmidt

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pertencer ao grupo


Entre as necessidades básicas do ser humano está o sentimento de pertencer a um grupo. Nos sentimos bem quando estamos entre pessoas que nos aceitam. Muitas vezes cumprimos certas exigências para sermos recebidos por um grupo, como pagar mensalidades, vestir-se de certa forma ou aceitar ideias comuns ao grupo.

A igreja cristã também é um grupo. Para pertencer a esse grupo, espera-se que a pessoa tenha algo em comum com os outros integrantes. Esse ponto em comum é o fato de a pessoa ter sido tocada pelo amor de Deus. No livro bíblico de Deuteronômio, Moisés disse a Deus: “Eles são o teu povo, o teu povo escolhido” (Dt 9.29). O povo de Israel havia desobedecido a Deus e reclamava de tudo. Deus, então, decide destruir todo o povo. Mas Moisés pede a Deus que perdoe o povo. E como argumento, ele usa este versículo: “Eles são o teu povo, o teu povo escolhido.”

Quando Deus enviou Jesus Cristo, ele estava pensando no seu povo escolhido. Ele sabia, e sabe, que por conta própria não temos forças para entrarmos nesse grupo, o grupo do seu povo. Então ele resolveu que Jesus pagaria o preço do nosso ingresso. Esse preço foi a vida de seu Filho Jesus. Todo aquele que crê na obra de Jesus, tem o perdão de todos os seus pecados e pertence ao povo escolhido de Deus.

Quem pertence a esse grupo tem a grande alegria de saber que possui a marca registrada do amor, tanto de Deus, como do seu semelhante. Jesus fez tudo isso por você. O sofrimento, a morte e a ressurreição dele são a garantia de pertencermos ao povo escolhido de Deus. Por isso temos a certeza do perdão dos nossos pecados e de uma vida eterna com Deus, no céu.

Reverendo Albino Nerling

sábado, 21 de maio de 2011

Criatura de Deus


Esta é minha opinião e nisso creio: sou criatura de Deus, isso é, ele me deu e de contínuo conserva corpo, alma e vida, membros, tanto pequenos como grandes, todos os sentidos, razão e inteligência, e assim por diante; comida, bebida, vestimenta, alimento, mulher, filhos, empregados, casa, lar, e todas as criaturas. Tudo isso dá para satisfazer as necessidades de nossa vida. Ele faz com que nos sirvam o sol, a luz e as estrelas no céu, o dia e a noite, o ar, o fogo, a água, a terra e tudo o que ela produz, as aves, os peixes, os animais, os cereais e toda sorte de plantas. Também os demais bens corporais e temporais: bom governo, paz, segurança. De modo que este artigo nos deve ensinar que nenhum de nós tem a vida de si mesmo, nem coisa alguma do que acabamos de enumerar e do que pode ser enumerado e, também, que não está em nosso poder conservar qualquer dessas coisas, por pequena que seja, pois tudo está compreendido na palavra “Criador”.

Se quiséssemos entrar em pormenores, teríamos muito a dizer sobre quão pequeno é o número dos que crêem nesse artigo. Pois nós todos o passamos por alto, ouvimos e recitamos as palavras, mas não vemos seu sentido nem meditamos nele. Porque, se o crêssemos de coração, também agiríamos de acordo e não andaríamos por aí tão orgulhosos, com ar desafiador e vaidoso, como se devêssemos a nós mesmos a vida, a riqueza, o poder e a honra, de sorte que se tivesse que temer e servir a nós, como procede o infeliz e pervertido mundo.

Por isso, esse artigo a todos nós humilharia e nos encheria de assombro, se o crêssemos. Pois, dia a dia, pecamos com os olhos, os ouvidos, as mãos, corpo e alma, dinheiro, bens, e como tudo que temos.

Por isso devemos exercitar-nos diariamente nesse artigo, imprimi-lo em nossa mente e, em tudo o que vemos e no que de bom nos aconteceu, bem como nos momentos em que saímos de necessidades ou perigos, lembrar que é Deus quem nos dá e faz tudo isso, sentindo e vendo nisso seu coração paterno e seu imenso amor para conosco. Isto aqueceria nosso coração e o estimularia a ser grato e a faze uso de todos esses bens para honra e louvor de Deus.

Martinho Lutero

Revista Teologia n° 4


A Revista Teologia, produção independente dos pastores da Igreja Luterna, chega a sua quarta edição neste mês de Maio. O tema desta edição é a ética. Os artigos falam de temas como:

- O pastor luterano e a ética
- A ciência e a ética
- A ética e a oferta
- Superstição e ética

E ainda matérias sobre música, simbologia cristã, liturgia, a posição da Igreja sobre a homosexualidade e um estudo bíblico.

Entre no blog da Revista, clicando aqui, e faça o download desta edição e das anteriores de forma gratuita e rápida

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Discussões e perdão no casamento


Você se sente cansado das discussões em casa? Se você quiser resolver com serenidade e seriedade os seus problemas, pense no seguinte: - É preciso que você e sua esposa sempre decidam tudo juntos? - Você sempre se coloca na defensiva quando alguém discorda de você ou lhe mostra que você esta errado? - Você é capaz e está disposto a pedir perdão e perdoar? -Quando surgem problemas, vocês buscam soluções na Palavra de Deus e na Oração? Deus se interessa pelos casais que precisam de paz e compreensão. Deus tanto se preocupa conosco, que nos enviou o seu próprio Filho, Jesus Cristo, para nos ensinar sobre o seu amor.


Hora Luterana

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Além da honestidade


Desvio do dinheiro público no Brasil é assunto diário nos jornais. Somente as notícias de um dia relatam a máfia dos remédios, o jantar devolvido do Sarney, a suspeita sobre o patrimônio de Palocci, a suposta fraude de consultas e cirurgias pelo SUS. Por que tanta corrupção? Li num artigo que é um mal que atinge a todos, mas aqui é por falta de fiscalização. A sugestão seria um sistema imunológico. Exemplo que vem da Dinamarca com 100 auditores para 100 mil habitantes, enquanto no Brasil são oito para 100 mil. Dizem, no entanto, que a corrupção está no “gene brasileiro”, uma herança portuguesa. Fato comprovado numa canção popular dos anos de 1810: "Quem rouba pouco é ladrão, quem rouba muito é barão. E quem mais rouba e esconde, passa de barão a visconde". É desta época o primeiro registro de corrupção no Brasil. Um funcionário público foi preso na Bahia por desviar dinheiro público, mas contratou um advogado e logo foi solto.

Somente através de leis rigorosas, educação no lar, ensino nas escolas, que a corrupção pode diminuir. Outro jeito é chegar à raiz. Porque, se é do coração que vêm os roubos (Marcos 7.21), então é lá que o mal pode ser enfraquecido. Foi o caso de Zaqueu que cobrava impostos a mais e enriqueceu com o trabalho dos outros. Depois da visita de Jesus em sua casa, resolveu dar a metade dos bens aos pobres e devolver quatro vezes mais a quem tinha roubado (Lucas 19). Lutero, que presenciou na Idade Média uma Europa imersa na corrupção pública e religiosa, no entanto, explicou que não basta ser honesto, mas é preciso também ajudar o próximo a melhorar e conservar os seus bens e o seu meio de vida. Neste sentido, Jesus orientou ao falar do amor: “Quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo o que você fez” (Mateus 6.3). Percebe-se assim que corrupção e honestidade têm paralelo: é feito em segredo e Deus recompensa.

Reverendo Marcos Schmidt

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fracassos olímpicos e diários


Nos emocionamos e lamentamos ao acompanhar a derrota de um esportista nas Olimpíadas. Parece que o lamento é maior quando o esportista é considerado favorito.

Lembro quando a ginasta Daiane do Santos competiu nas Olimpíadas em Atenas (2004). Considerávamos como certa a medalha de ouro. No entanto, ela “escorregou”. Falhou! Deu vontade de pedir aos juízes que concedessem uma nova chance. Mas, isso já não era possível.
Com certeza, em nossas vidas, temos muito que lamentar. Afinal, quem de nós não “escorrega”? Quem não erra, não falha?

Ficam as queixas, os lamentos. Talvez, na vida profissional eu fiz o que não devia. Na vida particular “escorreguei” nos relacionamentos. Fui duro ou mole demais com meu filho(a). Fui insensível com meu marido, minha esposa. Desrespeitei meu pai, não ouvi os conselhos de minha mãe. Aliás, alguns “escorregões’ na vida doem muito! Atrapalham muito! É preciso senso de realidade, humildade e disposição para dar a volta por cima.

Todos precisamos de renovação. É importante colocar a situação perante Deus. O que você quer renovar? Onde você anda escorregando? É preciso identificar o erro, confessá-lo, encará-lo e buscar forças em Deus.
A Bíblia diz assim:
Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade. (1Jo 1.9).
Uma coisa é certa, depois dos escorregões não dá para voltar atrás! Não adianta lamentar o leite derramado! Mas é imprescindível que exista arrependimento e fé! Confiança em um Deus que é misericordioso, confiança e certeza de que podemos recomeçar!

É lamentável ver um esportista favorito perder a medalha por um simples deslize, porém, mais lamentável é perder a medalha da vida eterna. Por isso, cuidemos com os escorregões, mas cuidemos, sobretudo, para não esquecer que na vida espiritual existe perdão e renovação, afinal, foi para isso que o sangue de Jesus “escorregou”, ou melhor, escorreu pela cruz do Calvário.
Tropeçou? Caiu? Não desanimes. É hora de levantar! Pois, em Cristo Jesus, temos um lugar garantido no podium da vida.

Reverendo Ismael Lambrecht

A graça de Deus


Ao cumprimentar alguém, talvez você já tenha ouvido: “Não estou tão bem quanto gostaria, mas melhor do que mereço”. Por trás dessa resposta parece estar um pensamento bem humano de querer sempre algo mais. Mas também há o reconhecimento de que, aquilo que se possui, se tem de graça. Graça é um dom que se recebe sem merecimento.

O apóstolo Paulo escreve aos cristãos de Roma: “Essa escolha se baseia na graça de Deus e não no que eles fizeram. Porque, se a escolha se baseasse no que as pessoas fazem, então a sua graça não seria a verdadeira graça” (Rm 11.6). Ele afirma que Deus escolheu o povo de Israel baseado em sua graça, e não naquilo que o povo “merecia”. Também explica que se as pessoas merecessem uma graça, então não seria graça. A graça é o que recebemos de Deus sem merecer.

O apóstolo Paulo também enfatiza esta graça de Deus é importante, porque assim como o povo de Israel, nós e todas as pessoas não temos nada que nos faça merecer a graça de Deus. O pecado que está em nós contamina de tal forma as nossas ações, que elas sempre são desagradáveis aos olhos divinos. Por isso não conseguimos agradar a Deus com nossas ações contaminadas, mas podemos confiar no favor e no amor de Deus por causa de sua graça.

Essa graça se revelou em seu Filho, Jesus Cristo, que por compaixão e misericórdia se entregou em sacrifício em nosso lugar. Foi por graça, e não por merecermos, que Cristo nos deu a Salvação na cruz. Confiantes na maravilhosa graça de Deus que cuida sempre de nós enquanto estamos aqui no mundo, quando alguém nos pergunta “Como vai?”, podemos responder: “Não tão bem quanto gostaria, mas muito melhor que mereço, graças a Deus.”

Reverendo
Egon Starosky

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Deus é fiel


“Deus é fiel” é uma frase da Bíblia que virou frase de para-choque de caminhão. Em muitos carros de passeio e utilitários também podemos encontrar essa afirmação. Será que os que a escrevem e os que a leem têm noção do seu real sentido e profundidade? A fidelidade nem sempre é compreendida como deveria. Dois exemplos nos comprovam e ajudam a entender isso.

No futebol, tão conhecido de todos nós, como é o relacionamento contratual entre um clube e um treinador? O contrato é interrompido ou quebrado com grande facilidade. As multas estabelecidas são pagas e tudo está acertado. Às vezes, na mesma temporada o treinador volta a trabalhar no clube que antes o despediu.

No casamento, apesar da promessa mútua de fidelidade, vemos a facilidade com que a promessa é quebrada e o “para sempre” recebe a conotação de “eterno enquanto dure”. Ainda bem que as palavras “Deus é fiel” se referem a algo verdadeiro. No texto bíblico de Deuteronômio, capítulo 7, versículo 9, está escrito: “Lembrem que o Senhor, nosso Deus, é o único Deus. Ele é fiel e mantém a sua aliança. Ele continua a amar, por mil gerações, aqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos”.

Mesmo que em nossas relações interpessoais não consigamos ser fiéis, como é bom saber que Deus continua fiel! Ele estabeleceu essa aliança conosco e com toda a humanidade através de seu Filho, Jesus Cristo. É realmente maravilhoso iniciar cada novo dia de nossa vida na certeza de que o Senhor é tão fiel que não poupou a vida de seu próprio Filho, Jesus, por nós. Ele sofreu, morreu e ressuscitou para confirmar a aliança de que ele é o nosso Deus e nós o seu povo.

Reverendo Egon Starosky

domingo, 15 de maio de 2011

Posição oficial da IELB sobre a união homossexual


A Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) está estabelecida num país onde há liberdade de viver, se expressar e agir conforme a decisão ou vontade de cada um. Assim, a opção sexual faz parte dessa liberdade. Por outro lado, a IELB também entende que a liberdade de discordar e não aceitar em seu meio uma união homossexual, por esta ferir os princípios da Bíblia Sagrada, faz parte da sua liberdade e não lhe pode ser cerceada, pois fere a Constituição Nacional. A Constituição Brasileira, no seu Artigo V, incisos IV, VI, VIII e IX, diz:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Assim, precisamos diferenciar homossexualismo de homofobia. A Igreja Luterana não concorda com a conduta homossexual, mas não discrimina o ser humano homossexual.

Por isso declaramos:

1 – A IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL crê e confessa que a sexualidade é um dom de Deus, destinado por Deus para ser vivido entre um homem e uma mulher dentro do casamento.

2 - A IELB crê e confessa que o homossexual é amado por Deus como são amadas por Deus todas as suas criaturas.

3 - Em amando todas as pessoas e também o homossexual, Deus não anula o propósito da sua criação.

4 - Por esta razão, a igreja, em acordo com a Sagrada Escritura, denuncia na homossexualidade um desvio do propósito criador de Deus, fruto da corrupção humana que degrada a pessoa e transgride a vontade de Deus expressa na Bíblia. “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação. Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele: é confusão. Portanto guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que praticaram antes de vós, e não vos contamineis com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 18.22,23,30); “Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre si; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro” Romanos 1.24,27); “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10).

5 - Porque a homossexualidade transgride a vontade de Deus e porque Deus enviou a igreja a levar Cristo Para Todos, a igreja se compromete a encaminhar o homossexual dentro do que preceitua o amor cristão e na sua competência de igreja, visando a que as pessoas vivam vida feliz e agradável a Deus; Mateus 19.5: “... Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

6 - A IELB, repudiando qualquer forma de discriminação, deve estar ao lado também das pessoas de comportamento homossexual, para lhes dar o apoio necessário e possam vir a ter a força para viver vida agradável a Deus.

7 - Diante disto repudiamos a ideia de se conceder à união entre homossexuais o caráter de matrimônio legítimo porque contraria a vontade expressa de Deus e dificulta, se não impossibilita, a oportunidade de tais pessoas revisarem suas opções e comportamento.

8 - Repudiamos também, por consequência, a hipótese de ser dado a um casal homossexual a adoção e guarda de crianças como filhos porque entre outros prejuízos de formação, formará na criança uma visão distorcida da sua própria natureza.

Fiéis ao nosso lema CRISTO PARA TODOS ensinamos que a igreja renova também o seu compromisso de receber pessoas homossexuais no amor de Cristo visando que a fé em Jesus as transforme para a nova vida da qual Deus se agrada.

Em nome da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Rev. Egon Kopereck

Presidente IELB

*(A posição divulgada atende ao disposto em parecer da Comissão de Teologia e Relações Eclesiais, da 57ª Convenção Nacional da IELB.)

Fonte: Site da IELB

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?


Certa noite, já faz muitos anos, um pastor que viajava no lombo de um burro perdeu-se numa mata virgem. Amarrou seu animal numa árvore e foi à procura da trilha perdida. Em vez de encontrá-la, afundou-se cada vez mais na densa floresta. Andou e andou, procurando de qualquer modo uma saída. Até que desistiu finalmente da caminhada e sentou-se no chão, profundamente desesperado. Lembrou-se, então, de um professor que dizia que a pior parte do sofrimento no inferno é sentir-se completamente abandonado.

Então, enquanto a sensação de abandono tomava conta dele, escutou um ruído a uns poucos metros de distância. Dirigiu-se até lá e... Que maravilha! Encontrou seu burro tal qual o deixara amarrado numa árvore. O pastor havia caminhado em círculos, voltando ao ponto de partida.

O salmista Davi, num momento em que se sentiu inteiramente abandonado, exclamou desesperado: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” (Sl 22.1) Pendurado na cruz, em extrema agonia, o Salvador Jesus usou as mesmas palavras quando foi abandonado por Deus, sofrendo as mais profundas dores do inferno em lugar de toda a humanidade, para extravasar um sofrimento como nunca houve igual.

Você já passou por sofrimentos semelhantes? Vivemos numa época em que doenças como a depressão e o esgotamento nervoso aparecem com muita frequência. Saiba então que Deus não nos abandona. Mesmo quando nos sentimos sozinhos, e gritamos desesperados como Davi, o amor de Deus não nos deixa sós. Ele declara num texto do profeta Isaías que: “Na minha ira e no meu furor, eu me escondi de você por um momento, mas com amor eterno eu terei compaixão de você” (Is 54.8). Deus não nos abandona, ele sempre está conosco.

Reverendo
Paulo Frederico Flor

sábado, 14 de maio de 2011

Música Luterana

Na voz de Jean Regina, uma das canções do Hinário Luterano, no programa "Cristo Para Todos Nações"

Trabalho


Segundo os lingüistas, a palavra “negócio” vem da junção de outras duas palavras: negar e ócio. Negócio portanto, seria a negação do ócio, a destruição do descanso e do lazer. O trabalho, porém, representa algo bastante positivo. Afinal, é através dele que obtemos o sustento. Mas não só por isso. Ele dá a oportunidade ao homem de se realizar. Pelo trabalho, o homem faz e se faz. O trabalho também representa a parceria do homem na obra da criação de Deus. Afirmou Jesus: “Meu Pai trabalhou até agora, e eu trabalho também”. Por isso, aqueles que seguem o Mestre Jesus, o imitam mediante o trabalho diário, constante, fiel. Vêem no trabalho, não o contratempo que nega a preguiça, mas a energia que afirma a vontade de Deus.

Hora Luterana

Crise de confiança


Reverendo Marcos Schmidt

Deve ser bem complicado para um candidato sério fazer campanha política, quando, segundo pesquisa, apenas uma entre cinco pessoas acredita naquilo que os políticos prometem. Assim como extremamente penoso para alguém com boas intenções entrar na política e manter-se íntegro sem seguir o caminho fácil dos conchavos. Não posso falar muito, pois as coisas também não andam boas para o meu lado. Quase a metade das pessoas não acredita nas promessas dos religiosos. É uma crise de credibilidade que afeta outras instituições: o casamento, a economia, a polícia, seguindo uma lista bem espichada. Interessante que a profissão que mais inspira confiança é do Corpo de Bombeiros. Isto tem explicação, afinal, eles colocam a própria vida em risco para salvar a dos outros.

Martinho Lutero (1483-1546) disse que política é “o esforço racional permanente e paciente para estabelecer e preservar uma ordem social compatível com os valores do cristianismo”. Fico matutando nesta definição: se os valores morais da igreja são os mesmos da política, e se o maior valor destas instituições é a verdade, então porque tanta mentira em nosso país onde o cristianismo abrange 90% da população? 90% dos políticos não deveriam ser honestos? Aí pode estar a resposta para a falta de fé nas promessas dos políticos: a falta de fé de muitos “cristãos” nas promessas de Deus. E quando não existe fé, não existem obras - é coisa morta (Tiago 2.17); extingue-se a luz do mundo, fica insípido o sal da terra (Mateus 5.13-14).

No século XVI, Europa, a corrupção no governo e na igreja convivia sob a tolerância do povo. No escrito "Da Autoridade Secular", Lutero fala dos fundamentos da ética para o poder estatal e religioso quando os dois estavam promiscuamente acasalados. Lembra que Estado e Igreja são regimentos de Deus, mas com propósitos diferentes. O poder espiritual tem a função de garantir o perdão dos pecados e a salvação eterna em Cristo, e o secular exerce o propósito de manter o convívio das pessoas na sociedade e conceder seu bem-estar físico. “Por isso tem que se distinguir e separar cuidadosamente esses dois regimes e deixá-los vigorar; um que torna justo (cristão), o outro que garante a paz exterior e combate as obras más”.

Seis séculos antes de Cristo a situação não era diferente, e por isto a reclamação divina:

"Vocês maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não respeitam os direitos dos pobres. Não admira que num tempo mau como este as pessoas que tem juízo fiquem de boca fechada" (Amós 5.12,13).

Hoje, permanecer de boca fechada continua sendo um ato prudente, mas tal tolerância pode aumentar a crise de confiança. Um joguinho cínico do “eu sei que você sabe, você sabe que eu sei, mas vamos fazer de conta que ninguém sabe”.

Sem dúvida, deve ser muito complicado hoje convencer as pessoas com promessas. O único caminho continua aquele indicado por Jesus:
"pelos frutos a gente conhece quem é quem" (Mateus 7.16).

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Homoafeição e o cristão


Existe um conflito óbvio e permanente da nova lei da união civil homoafetiva com a fé cristã. Mas, num país onde estado e religião não se misturam, a Constituição Brasileira carrega a sabedoria divina ao dizer que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença”. Enquanto esta regra permanecer, devemos procurar a paz social e o respeito às diferenças, mesmo que elas sejam tão opostas. O problema é a conduta extremista de cada lado: paradas gays, incitações fundamentalistas, agressões, propaganda da mídia contra os valores cristãos, ideologias. Enfim, esta guerra moral e imoral praticada por dois extremos.

O cristão tem a tarefa de viver e pregar o Evangelho. Não precisa fazer novas leis, nem julgar. Elas estão nos Dez Mandamentos e nas orientações da Bíblia, e quem julga é Deus. Assim, o seguidor de Cristo não é juiz nem advogado, mas testemunha. Com respeito ao casamento e à família, a regra divina é uma só desde o princípio (Gênesis 2), confirmada pelo Senhor Jesus: “No começo o Criador os fez homem e mulher. E Deus disse: Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” (Mateus 19).

Por isto, mesmo quando a deputada Manuela D’Ávila prega que “qualquer maneira de amar vale a pena” ao defender a relação homoafetiva, para os cristãos só existe um amor conjugal que vale a pena: “Marido, ame a sua esposa assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela” (Efésios 5.25). E se o ministro Ayres Britto lembrou que “nas coisas ditas humanas, não há o que crucificar, não há o que idealizar, há só o que compreender”, cabe lembrar que nas coisas divinas Cristo foi crucificado para idealizar um amor impossível de compreender. Aqueles que seguem esta afeição divina fazem de tudo para viver o amor ideal no matrimônio e nas outras relações. Um desafio cada vez maior nesta sociedade carente de afeição que vale a pena.

Reverendo Marcos Schmidt

terça-feira, 10 de maio de 2011

A beleza dos pensamentos e ações de Deus


Em 1869, um pastor perdeu, em duas semanas, seus quatro filhos. Morreram de difteria. Ele e sua esposa ficaram por muito tempo perguntando o que Deus queria lhes dizer com essa tragédia. Chegaram à conclusão de que queria ensinar-lhes a serem misericordiosos com seus semelhantes, e o resultado foi a fundação de uma instituição em benefício de crianças e de adultos que existe até os nossos dias.

Quantas vezes, ainda hoje, ouvimos pessoas atingidas por uma tragédia fazendo perguntas como essas: “Se Deus é todo-poderoso, por que permitiu que isso me acontecesse? Se ele é amor, por que está castigando tanto a mim, que não mereço?”Perguntas semelhantes o povo de Judá se fazia quando foi exilado à Babilônia, onde foi obrigado a permanecer durante 70 anos. Deus lhes respondeu nas palavras do texto de Isaías, capítulo 55, versículo 8: “Os meus pensamentos não são como os seus pensamentos e eu não ajo como vocês”. Os judeus apenas compreenderam essas palavras plenamente quando puderam voltar à sua terra, o que lhes parecia como se estivessem sonhando (Salmo 126).

Precisamos nos lembrar sempre dessas palavras quando estivermos sofrendo, e nos apoiar também nestas palavras do apóstolo Paulo: “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).

Os pensamentos e ações sublimes de Deus se manifestam também no plano de sua salvação. Ele fez com que o seu Filho Jesus nascesse como homem numa singela manjedoura e salvasse a humanidade através de sua morte na cruz. Nas palavras de um teólogo, salvou os homens não através de seu imenso poder, mas por meio de sua fraqueza. Pode haver uma maneira mais sublime e bela, de salvar a humanidade de seus pecados?

Reverendo Paulo Frederico

quinta-feira, 5 de maio de 2011

É um presente, é de graça!



Uma frase muito ouvida em aniversários, no Natal, em casamentos ou em outra data em que há o costume de presentear é: Não precisava. Por que se incomodar? Talvez fosse mais bacana e mais respeitoso com aquele que dá o presente apenas dizer: Obrigado, gostei muito!

Será que não sabemos receber presentes? Parece que aquilo que ganhamos não tem valor. Já aquilo que nos esforçamos para ter, isso sim é válido, é honroso. Apesar de dizermos “não precisava”, no fundo há uma grande felicidade por alguém ter lembrado daquela data. Mas temos medo de demonstrar essa alegria e transparecer a felicidade por recebermos algo que não foi conquistado.

Vergonha por ganhar um presente. Nesse sentido as crianças dão um show, o reconhecimento delas não é escondido, mas demonstrado em palavras e ações. Elas sabem ganhar presentes, gritam e pulam de alegria.

Quando Jesus declara que a fé e a salvação são de graça, isso parece um banho de água fria em muitos corações. É mais fácil cumprir uma lista de exigências, mesmo que sejam pesadas e até com sacrifícios, para poder dizer: Eu consegui, eu me salvei.

Mas as pessoas se esquecem de que quando declaram que creem em Jesus, é porque a fé já habitou em seu coração por obra do Espírito Santo.Mesmo depois de termos fé em Jesus, ainda queremos uma lista de afazeres para, ao final dela, podermos reconhecer a nossa participação. Em Cristo, nós ganhamos a fé e em consequência, a salvação. Não há tarefas predefinidas, mas um coração disposto a fazer boas ações.A fé é um presente de Deus, que não merecemos, mas em seu grande amor ele nos quis dar. Então, podemos dizer: “Obrigado Senhor, pela fé, pela vida, pela salvação”.

Reverendo Eli Muller

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mundo melhor?


Que “o mundo é um lugar melhor por causa da morte de Bin Laden”, isto todos sabem que é engano. O próprio presidente dos EUA neste pronunciamento lembrou que a Al-Qaeda continuará com os seus ataques, e ordenou reforçar a segurança. São palavras de efeito moral para uma nação traumatizada com o 11 de setembro. Mas, só existe um jeito para o mundo melhorar. E não é através da inteligência americana, ou por armas e operações secretas.

Se o mundo ficasse melhor por guerras e eliminando os maus, ele já seria um pedaço do paraíso. Desde os ataques de 2001, os EUA gastaram 1 trilhão de dólares contra o terrorismo, sem contar que metade dos gastos mundiais em armamentos é deles. O planeta investe cada vez mais em armas, enquanto que a pobreza, a fome e a violência aumentam. Ironicamente, destruir a vida humana sai muito mais caro que mantê-la. Por isto, se no lugar de bombas, os aviões jogassem comida, e em vez de tiros, disparassem palavras de paz, com certeza tudo seria diferente.

Mas isto está longe da natureza humana. Resta agora a vingança dos seguidores de Bin Laden, e o caminho da justiça terrena trilhará seu trajeto de expansão. Até quando? Até a paz definitiva daquele, que disse: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Mas eu lhes digo: não se vinguem dos que fazem mal a vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também... Se um dos soldados estrangeiros forçá-lo a carregar uma carga um quilômetro, carregue-a dois quilômetros” (Mateus 5). Evidentemente, pura utopia. Porque soldados são treinados para matar. Matam porque existe o mal. E o mal reina “porque é do coração que vêm os crimes de morte” (Mateus 15). Por isto então, o jeito divino para um mundo melhor: “Eu lhes darei um coração novo” (Ezequiel 11). Loucamente, Deus não elimina o hospedeiro do mal. Até porque não sobraria ninguém para contar a história.

Reverendo Marcos Schmidt

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O valor do casamento


O casamento real do príncipe britânico com a plebeia, mais parece um conto de fadas, cercado de assombrações e de uma pressão para que seja diferente dos capítulos anteriores, que culmine num “felizes para sempre”. Para alguns, os milhões que envolvem esta cerimônia, são um grande desperdício para a Inglaterra, mesmo grande parte do custo saindo da fortuna real. Mas, o país tem muito a ganhar com este casamento, primeiro porque milhões serão movimentados em função deste evento com turismo, vendas de lembranças, etc – estima-se que um terço da população mundial estará de olho na cerimônia. Também a futura sucessão do trono britânico, o sucesso ou fracasso da continuidade desta cerimônia, podem afetar positiva ou negativamente toda uma nação e economia. Investimento em casamento continua sendo um bom negócio, não para contos de fadas, mas para a vida prática; não só para glamorosos eventos, mas para aqueles que acontecem inclusive no anonimato. É o melhor investimento porque é através dele que se forma toda uma base para realizações, plena felicidade, ética, família e estrutura para novas gerações. E como bem se sabe, é da família que provém todo o reflexo/base na sociedade. De um investimento bem feito, todos ganham! E se o casamento hoje é visto por muito apenas como um conto de fadas, uma estória de faz de conta, um fardo, uma cruz que se foge, é porque na prática, os bons costumes têm sido ignorados. Os reais valores que envolvem uma relação com o próximo mais próximo, passam por um bom investimento: amor, confiança cumplicidade. Sem estes, não há relação que dure – não importa sob qual circunstância aconteça. Infidelidade, mentira, fingimento, imaturidade, continuam sendo os fantasmas que assombram não só o casamento de Willian e Kate, mas de todas as pessoas, de cada relação de compromisso que se estabelece. Não há maior valor do que quando cônjuges aprendem a dar as mãos: reconhecendo erros, perdoando, mas especialmente unindo em oração. Segundo o Teólogo M.C. Warth, no Livro A ética de cada dia: “onde há perdão, não há motivo para adultério” Casamento que traz lucro é aquele, que mesmo sendo humilde, longe das lentes de alta definição, tenha respeito e ambos se tratem como rei e rainha. Onde se busque fazer feliz a pessoa que ama. Um exemplo aprendido da relação divina para com todos: “Deus nos ama, não porque somos preciosos, mas somos preciosos, porque Deus nos ama” (Warth). O valor não está no quanto gasta, mas na qualidade que qualquer investimento possa trazer, ganha um, ganha dois, ganham todos! Este sim é a base para um ‘felizes para sempre’.

Márlon Hüther Antunes
Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió-AL

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O mesmo Jesus


No artigo “Outro Jesus”, Luis F. Verissimo acusa a Igreja de nunca ter explicado nestes 2 mil anos a resignação de Cristo na cruz: “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste”. Um engano do escritor. Acertou ao dizer que a “perplexidade de Jesus na cruz é o que mais o aproxima de nós”, quase respondendo o que espera da teologia cristã. Afinal, Jesus é o Emanuel – o “Deus com a gente”, que sentiu fome, dor, agonia, tristeza. E abandono.

Quando um ser mortal tenta entender ou explicar o Deus-Homem que morre no Gólgota, acontece aquilo que diz a Escritura: “Deus, na sua sabedoria, não deixou que os seres humanos o conhecessem por meio da sabedoria deles”. E por simples razão: “A mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura” (1 Coríntios 1.21 e 18). Aqueles que colocaram Cristo dentro de seu miolo cinzento, ou fizeram dele apenas um homem, ou apenas um Deus.

O apóstolo João, mesmo não entendendo, escreve que viu a revelação da natureza divina de Jesus – a Palavra que se tornou um ser humano (João 1.14). E adverte na epístola que, quem nega que Jesus Cristo é Deus e homem, não tem o Espírito de Deus e é inimigo de Cristo (1 João 4.3). Era uma resposta ao gnosticismo que invadia a igreja primitiva com idéias sobre um Jesus divino apenas vestido com um corpo, isto é, com aparência humana, e sem o sofrimento físico na cruz. Por isto as palavras do Credo Apostólico “padeceu sob Pôncio Pilatos” e do Atanasiano “É, portanto, fé verdadeira, que creiamos e confessemos que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é tanto Deus como homem”.

Mas Verissimo tem razão. O terrível lamento de Jesus na cruz, abandonado por Deus, continuará ecoando sem a resposta que deseja. Paulo já tinha admitido: “Evidentemente, grande é o mistério da nossa religião: Ele se tornou um ser humano” (1 Timóteo 3.16). Existe, no entanto, outra história. Vem do Domingo da Páscoa. E que também não tem muita explicação. Porque, se Cristo não foi ressuscitado, a fé é uma ilusão, e continuamos perdidos nos nossos pecados (...) Mas a verdade é que... (1 Coríntios 15.17,20).

Reverendo Marcos Schmidt

terça-feira, 26 de abril de 2011

Retorno feliz


Como é maravilhoso voltar para casa depois de dias viajando ou após mais uma jornada exaustiva de trabalho! Como é maravilhoso estar de novo no aconchego da família, relaxar e descansar.Todavia, mais significativo é quando este retorno se dá pelos caminhos da reconciliação, em meio à superação de crises de relacionamento. A parábola de Jesus sobre um filho que saiu de casa e voltou arrependido retrata bem essa realidade (Lc 15.11-32).

No tempo do profeta Isaías, Israel estava sendo alertado sobre as consequências que resultariam da sua crise de relacionamento com Deus, da sua desobediência à sua Palavra, o que se confirmou quando o povo foi levado para a Babilônia, para um cativeiro que duraria setenta anos.

Mas isso não foi tudo. Havia algo mais que o Senhor fez questão que aquele povo soubesse. “O Senhor Deus diz: Escutem, os que procuram a salvação, os que pedem a minha ajuda! Virei logo salvá-los. Aqueles a quem o Senhor salvar voltarão para casa, voltarão cantando para Jerusalém e ali viverão felizes para sempre. A alegria e a felicidade os acompanharão, e não haverá mais tristeza nem choro” (Is 51.1,5,11).

Essas palavras de compaixão e de salvação são também para nós, e nós não podemos desperdiçar essa chance.
A salvação está disponível e é um presente de Deus para todo aquele que crê no seu Filho Jesus Cristo, que morreu na cruz e ressuscitou para justamente resolver a crise de relacionamento que o nosso pecado provocou contra Deus.

Receba de Jesus o perdão dos seus pecados e a salvação da morte e do inferno. E nessa fé, volte feliz para a casa e para os braços do Pai celeste, ao aconchego da família cristã, onde também há alimento para a alma, descanso e certeza da habitação no lar eterno do céu.

Reverendo Nivaldo Garcia

domingo, 24 de abril de 2011

Ceia Pascal

Realizada na última sexta,a Ceia Pascal relembra a primeira Páscoa dos judeus. Fez parte do calendário da nossa Congregação na Semana Santa, que terminou com o culto do Domingo de Páscoa. Um pano preto sobre a cruz lembra que estamos na Sexta-Feira Santa, dia que o Cordeiro da nova aliança fora morto por nossos pecados


Reverendo Sídnei Ahnert, recentemente instalado como pastor da Congregação, falando aos presentes