quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cinzas coloridas


Em abril do ano passado foram as cinzas do vulcão islandês que caíram sobre minha massa cinzenta e rendeu o artigo “Se Deus quiser”. Agora elas vêm de mais perto, literalmente encobrem nosso céu colorido, e me devolvem o assunto. A incômoda nuvem que circunda o planeta obriga na reflexão da imprevisibilidade dos projetos humanos. Afinal, se o cuspidor de fogo dormiu 50 anos, então, após 8 horas, despertamos sem prever o quê poderá atrapalhar nossa agenda. O Sábio já advertiu que “as pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra” (Provérbios 16.1).

Por isto os conselhos de Tiago (4.13-15): “Agora escutem, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!’ Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira... O que vocês deveriam dizer é isto: ‘Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’”. Portanto, antes de agendar qualquer coisa, sempre “se Deus quiser”. Aliás, humildade é o princípio da sabedoria. Algo que nos falta quando “somos orgulhosos e vivemos nos gabando” (4.16).

As cinzas do vulcão, sem dúvida, são a oportunidade para escapar do pior. Elas caem dos céus, congestionam aeroportos e consciências, e lembram aquilo que diz a Bíblia: “tu és pó e ao pó tornarás”. Fruto do fogo que devora, aparecem nas Escrituras acompanhadas de vestes grosseiras, jejuns, lamentações, em sinal de arrependimento. Se hoje são símbolos num rito religioso do passado – e lembradas de maneira equivocada numa quarta-feira após o Carnaval – forçam nestas horas a refletir sobre os limites das intenções humanas.

No entanto, do “cancelado”, as cinzas podem indicar “confirmado”. Afinal, ainda é tempo para fazer o check in. O procedimento para seguir viagem permanece por meio daquele que disse: Eu sou o Caminho. Foi pensando nele que o Sábio recomendou: “Peça a Deus que abençoe os seus planos, e eles dão certo” (Provérbios 16.3). E assim, incrivelmente as cinzas ficam coloridas.

Reverendo Marcos Schmidt

domingo, 12 de junho de 2011

Nossa enquete


Amigos leitores,

Hoje, 12 de junho, iniciamos uma enquente em nosso blog para saber de você, que nos acompanha, o que mais gostaria de ver por aqui. Vote! Sua opinião é importante e bem-vinda. Você tem até o dia 30 para votar. Nos ajude a tornar o blog melhor!


Pedro Francisco Campos
Universitário e Secretário da Igreja Luterana Volta Redonda

Traduzir para salvar


A internet possui, hoje, ótimas ferramentas para a tradução de textos. Pode até ouvir o texto na língua original da qual se quer traduzir. Porém, esses serviços de tradução rápida não são novidade. Quando se trata de traduzir o Evangelho, o Pentecostes foi pioneiro.

O profeta Joel havia profetizado e Deus cumpriu essa profecia no Pentecostes. Os seguidores de Jesus receberam do Espírito Santo um dom especial para falar em idiomas estrangeiros, para que os vários judeus turistas, que estavam em Jerusalém para comemorar a Festa da Colheita, pudessem ouvir o evangelho de Cristo em sua própria língua. A Bíblia diz que “todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa” (At 2.4).

O Pentecostes marca o dia em que a Igreja começou o seu trabalho de evangelização. Sem o Pentecostes, isso é, sem que Deus tivesse traduzido a mensagem salvadora, poucos poderiam ter tido acesso à mensagem que salva, transforma, liberta e renova.

Hoje é também o Dia dos Namorados. Nesta data fala-se muito de amor e de paixão, assim como do sentimento de dividir uma mesma vida e de compartilhar as mesmas coisas. A mensagem anunciada no Pentecostes provoca justamente isso no coração de cada cristão: amor e cumplicidade. Nos versículos 43 a 47 do livro de Atos, capítulo 2, vemos os cristãos repartindo tudo, vivendo em união, compartilhando o que tinham. E, certamente, não deixavam de repartir entre todos o melhor que tinham: a Salvação por meio de Jesus, que Deus havia enviado para salvar as pessoas.

Feliz dia de Pentecostes! Feliz Dia dos Namorados! Desfrute do amor de Jesus Cristo que a mensagem do Pentecostes traz até você! E compartilhe essa realidade com quem você ama!

Reverendo Tiago Albrecht

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O tempo passa



Às vezes parece que, com o passar do tempo, vão se esgotando os sonhos, os desejos e as ilusões. Além disso, a passagem do ano vai levando também as nossas forças e a nossa vontade de mudar o mundo. Outras vezes sentimos que a batalha está perdida. Não desanime! Deus tem muitos anos mais do que você, e nem por isso perdeu a esperança. Você tem idéia de quanto tempo Deus gasta lutando por você? Ou, levantando você, quando você cai; animando você quando você desanima; perdoando você quando você o deixa de lado? Você já calculou quanto tempo Deus gasta amando você? Anime-se, Deus lhe deu toda uma vida para você viver, para você realizar os seus sonhos e para você dar e receber amor. A Bíblia diz: “Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os que confiam no Deus Eterno recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.” Viva sempre com fé e confiança em Deus!

Hora Luterana

quinta-feira, 9 de junho de 2011

IELB 107 Anos

O cupido e o Espirito Santo


Com seu arco e flechas, o Cupido acerta o coração das pessoas e provoca paixão. Também conhecido na mitologia grega por “deus Eros”, diz a história que este menino alado se arranhou acidentalmente com sua flecha e se apaixonou pela humana Psiquê. No final, conseguiu levar sua amada ao Olimpo para viverem felizes para sempre.

Pensei no Cupido e no Espírito Santo, já que neste ano o Dia dos Namorados também é o Domingo de Pentecostes. O Espírito divino dos cristãos, que desceu vestido com asas de pomba no batismo de Jesus e no Pentecostes em forma de línguas de fogo, é o mesmo que atinge as pessoas com a flecha do Evangelho e cria o amor “ágape”. E se na lenda grega há intrigas e ciúmes – típico da paixão humana, já na história do Deus Consolador existe amor, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio (Gálatas 5).

Por isso os cristãos de Corinto – que antes iam ao templo da deusa Afrodite, mãe de Éros, para se prostituirem com as sacerdotisas – foram advertidos por Paulo: “Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo (...) Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo?” (1 Coríntios 6.18,19). Na mesma carta, o apóstolo dá conselhos aos casados, solteiros e viúvas: “Já que existe tanta imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido (7.2).

Diferente do amor “tragédia grega”, doentio, violento, inconsequente – as flechas certeiras do Espírito incendeiam o amor paciente e bondoso, que não é ciumento, nem orgulhoso, vaidoso, grosseiro e egoísta (1 Co 13). Uma paixão celestial pelo ser humano que se tornou realidade graças ao Filho de Deus, ferido voluntariamente na cruz para escrever a verdadeira história de amor. Por isto os cristãos são descritos igual a uma noiva que vai se encontrar com o noivo Jesus (Apocalipse 21) e viverão felizes para sempre.

Reverendo Marcos Schmidt

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A TV e o sexo


A TV digital está sendo anunciada! Promete-se uma imagem ainda mais nítida, sons ainda mais reais!

Fico feliz com essas inovações, mas por outro lado, os conteúdos televisivos preocupam. Pesquisadores do instituto RAND recrutaram e entrevistaram jovens entre 12 e 17 anos durante os anos de 2001 a 2004. Chegou-se a evidente conclusão de que os programas de TV que apelam para o lado sexual são prejudiciais às crianças e adolescentes e geram comportamento de risco.

Televisão não é coisa do diabo! Sexo não é coisa do diabo. É importante dizer isso, para não ser taxado prematuramente de moralista, careta, antiquado ou ultrapassado. O que a pesquisa revelou, e o que quero destacar é o perigo da banalização, do status descartável e animalesco que se dá ao sexo na maioria dos programas de televisão.

Sexo é criação de Deus, está dentro dos planos divinos para o homem e a mulher. Não somente para a procriação, mas igualmente para um relacionamento íntimo, de amor e responsabilidades mútuas e maduras. Portanto, sexo é algo bom e precioso! Deus o blindou, o protegeu com o casamento, o reservou para um casal adulto, que se ama, e que, em nome deste amor, estabelece uma nova família.

A TV tem enorme força e influência na vida da gente. Ela faz a cabeça da maioria! Ela influencia a maneira de ser, de agir e reagir das crianças e jovens. Em todo lugar percebe-se meninos e meninas pressionados a entenderem tudo sobre sexo, usando palavreado obsceno e sujo. Não é de se espantar que a família está se desestruturando. Uma letra, de uma determinada música (agora já velha também) revela a pressão da mídia e o jeito como a sexualidade é enfocada. Ela diz: “beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é, é namorar pelado!”

Em nome do lucro dos apelos sexuais, alimenta-se o excesso de maníacos, fomenta-se a formação e ação de pedófilos, de estupros, de infidelidades, de doenças sexualmente transmissíveis, de gravidez precoce, etc. Depois a sociedade chora!

A Bíblia fala contra a imoralidade sexual, ela condena a infidelidade, o abuso! Mas, a Palavra de Jesus não é valorizada, talvez porque não entrou para a era digital, ou porque “não dá ibope”.

Porém, quando o vazio doer no coração, quando a solidão daquele que foi de todo mundo, mas que não é verdadeiramente de ninguém doer na alma, não haverá imagem digital, nem programa de grande audiência que irá nos entreter. Por outro lado, é bom saber e dizer que o amor e a misericórdia de Deus não se desligam com controle remoto e que estão sempre disponíveis em Jesus. Na força do seu perdão e na sabedoria dos seus conselhos, a vida fica bem melhor!

Reverendo Ismael Lambrecht Pinz

terça-feira, 7 de junho de 2011

A verdadeira felicidade


Quem não quer ser feliz? Este é o sonho de todos nós. Mas qual é o segredo da felicidade? Cada um daria a sua receita de como ser realmente feliz. Jesus nos dá em sua Palavra a receita para a verdadeira felicidade. E como ele é Deus, a receita é verdadeira e funciona. Ele disse: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas” (Mt 5.3). A felicidade que Jesus está falando é a felicidade dos seguidores do Messias, Jesus Cristo. Estas pessoas são verdadeiramente felizes por que confiam totalmente em Jesus e não em seus próprios méritos ou obras. Seja feliz também! Confie em Jesus Cristo como seu Salvador, só então você conhecerá a felicidade que não é passageira, mas que dura para sempre.

Hora Luterana

domingo, 5 de junho de 2011

Nosso testemunho na fraqueza


Cristo somente pode dar-nos seu poder se formos fracos. Se pudéssemos fazer frente a nossos adversários por meio de nossa própria força e poder, a glória seria nossa e não de Cristo. Agora, a experiência ensina-nos que não podemos ajudar a nós mesmos, mas que Deus tem de fazer isso. Assim, ele é glorificado em nossa fraqueza.

Cristo, o Senhor, consola-nos com esse conhecimento de que, por vezes, temos que ser fracos enquanto nossos inimigos se fortalecem e se gabam; mas, apesar de tudo, Cristo sai vitorioso.

Assim, Deus nos trata quando, aos olhos do mundo, nossas vidas e tudo o que temos parecem cair aos pedaços e ir por águas abaixo; quando, aos olhos do mundo, somos, aparentemente, fracos ou, quando, cada cristão, individualmente, parece estar sucumbindo. Nessas circunstâncias, não devemos nos assustar nem desesperar. Devemos aprender que Deus, nosso Senhor, não está brincando quando se mostra debilitado, mas leva isso a sério. Ele deseja derrubar o forte por meio do fraco, exaltando o fraco. Agora, não devemos encarar isso à luz da razão humana, como, geralmente, se faz. Pois, nesse caso, estamos perdidos. Saibamos, todavia, que Deus deseja vencer os fortes por meio dos fracos. isso deve ser aceito com fé e de olhos fechados.

Martinho Lutero

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Corrida espacial e terrena


“Olhei para todos os lados, mas não vi Deus”, disse Yuri Gagarin no primeiro voo espacial tripulado há 50 anos. Naquele 12 de abril, a agência oficial de notícias da União Soviética transmitia: “Gagarin voltou da sua ascensão e a todos felicitou. Pois ele não procura um paraíso nos céus porque não esqueceu que é na terra que o homem o paraíso merece”. Sete anos depois, o astronauta caiu com o seu Mig ao desviar de uma nuvem e perder o controle do avião. Mereceu o paraíso na terra por breve tempo.

Nesta quinta-feira a Bíblia lembra que Jesus ascendeu ao céu e desapareceu numa nuvem para que os terráqueos pudessem merecer o paraíso. Desceu e subiu com a mesma missão. “Confiem em Deus e confiem também em mim. Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês” (João 14), disse o Senhor ao defender o plano de voo. No entanto, há um perigo aqui, algo parecido com o caso daqueles discípulos deslumbrados na visão. Por isto o recado: “Por que estão olhando para o céu?” (Atos 1.11).

Nem tanto ao céu nem tanto à terra. Nestes dois mil anos este tem sido o desafio dos seguidores de Jesus. E a Ascensão do Senhor tem esta mensagem sinalizadora, tanto para a conduta contemplativa, enclausurada, fora da realidade terrena, e, noutra direção, para a vida grudada em coisas, obstinada na promessa da prosperidade material. A história do Deus que foi mas não foi, que subiu mas ficou, que desapareceu mas está em todos os lugares, lembra que “ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” (1 João 4.20). Por isto a oração do Salvador: “Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno (...) para que o amor que tens por mim esteja neles” (João 17.15,26). Sem este amor, ninguém jamais verá Deus e nem o paraíso. Poderá até olhar para todos os lados, mas enquanto estiver nas alturas, em corridas espaciais e terrenas, só enxergará a si mesmo.

Reverendo Marcos Schmidt