quinta-feira, 31 de março de 2011

Consequência da verdade!


Leon Tolstoi, um dos maiores escritores de todos os tempos, escreveu: “Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.” Ele não estava se referindo a Cristo como a verdade que liberta, mas ilustra bem que a verdade nos dá liberdade. Sozinhos, nós não conseguimos encontrar a verdade. Foi necessário que Jesus, a verdade, viesse ao nosso encontro e se revelasse.

Mas do que fomos libertados? Mesmo tendo Jesus como nosso Salvador, continuamos sendo pecadores. Será que ainda somos escravos do pecado? Pecamos por fraqueza, sim, mas através de Cristo fomos libertados da culpa pelos nossos pecados. Não somos mais escravos condenados à morte eterna, mas pela verdade fomos libertados para uma vida plena e eterna.

Você conhece a Cristo? Confia nele? Se a resposta for sim, então você conhece a verdade. Somente através de Cristo é que há liberdade, pois foi o sangue dele derramado por nós que nos trouxe paz, perdão e salvação
.
Deus quer que você viva esta liberdade. É claro que a liberdade nos traz responsabilidades. É natural na vida do cristão o amor ao próximo, pois o cristão é grato a Deus e esta gratidão se demonstra em atitudes. A liberdade que habita em nosso coração é que nos faz amar ao próximo, pois ela nos enche de paz e alegria que, naturalmente, são transmitidos às pessoas ao nosso redor. Quer viver em liberdade? Em Cristo, e só nele, isso é possível e é muito bom.


Reverendo Waldemar Garcia Júnior
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quarta-feira, 30 de março de 2011

Desafio de Shrek


O casamento religioso à fantasia em Garibaldi, RS, mostra bem o jeito alucinado da vida. Vestidos de Fiona e Shrek, o desejo dos noivos diante do altar expressa a síndrome humana “do fazer de conta” – que virou epidemia. Os padrinhos com roupas de príncipes e princesas, os pais dos noivos de reis e rainhas, as crianças com alegorias de Dragão, Burrinho, Branca de Neve, os convidados caracterizados dos contos infantis – uma cena surreal que diz tudo sobre esta sociedade de castelos de areia. Fiquei pensando na história dessa famosa animação, para dizer o seguinte: precisamos imitar o ogro Shrek, e expulsar as criaturas mágicas que invadem o nosso “pântano”.

Esta é a ameaça – a vida transformada numa aventura de desenho animado. De ficar adulto, mas ainda “brincar” de casinha, de carrinho, de vídeo game, de ganhar e perder. De fazer de conta que casamos, que temos família, que trabalhamos, que somos felizes. No imaginário de ser bem sucedido, vestir a alegoria de soberanos, alucinados na miragem de reinos e castelos. Sem dúvida, temos um desafio parecido com o do Shrek, de espantar as ilusões e viver a realidade.

Viver a realidade? Vale à pena? Ela é tão dura, exigente, cruel. Por que não levar a vida na brincadeira? Seria o caminho, se o dragão fosse apenas fábula. Ele existe e expele violentamente sobre nós suas labaredas. Podemos até aprisioná-lo atrás de máscaras e alegorias, mas um dia ele surge em inevitáveis tragédias. Por isto a advertência: “Viva alegre durante todos os anos da sua vida. Mas, mesmo que você viva muitos anos, lembre que ficará morto durante muito mais tempo. Tudo o que acontece é ilusão” (Eclesiastes 11.8).

Seria tudo ilusão se não fosse “a realidade de Cristo” (Colossenses 2.17). Que para alguns é também pura fantasia. Mas, uma certeza para aqueles que são chamados de igreja – que vem “de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai ser encontrar com o noivo”, para viver no reino celestial onde “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Apocalipse 21.1-4).

Marcos Schmidt

domingo, 27 de março de 2011

Os feitos de Deus



Muitas pessoas têm ídolos e os admiram pelos seus feitos. Jogadores de futebol são admirados pelos seus gols, pelos seus dribles, pelas suas jogadas. Músicos são admirados pelas suas músicas. No Salmo 66 todos os povos são convidados a vir e ver os grandes feitos de Deus e o louvar por isso. Todos são convidados a ver, com espanto, as coisas que Deus tem feito em favor das pessoas.

Quais são esses feitos de Deus? O Salmo 66, no versículo 6, menciona a abertura do mar, quando Israel, após um período de 430 anos de escravidão, saía do Egito e era perseguido pelo exército de Faraó. Deus abriu o mar e o povo passou em terra seca (Êx 14). O mesmo versículo também menciona a travessia do rio Jordão, quarenta anos mais tarde. Na ocasião Deus abriu as águas do rio e o povo de Israel atravessou a pé. No Salmo 66, em dois momentos é dito que Deus ouve as orações do seu povo. E, ao ouvir e atender as orações dos seus filhos, certamente Deus faz grandes coisas.


Poderíamos citar, entre os grandes feitos de Deus, a criação e a preservação do mundo, os muitos milagres mencionados na Bíblia e os muitos milagres testemunhados pelos filhos de Deus ao longo da história. Mas, sem dúvida nenhuma, o maior dos feitos de Deus ocorreu na cruz do Calvário, quando ele entregou seu único Filho para ser sacrificado em favor da humanidade. Ali Deus demonstrou o seu grande amor por toda a humanidade e o seu grande interesse em abençoar e salvar a todas as pessoas. E os benefícios desse grande feito de Deus – o perdão dos pecados e a vida eterna – são para todos os que confiam em Jesus como seu único e suficiente salvador. Amigo, venha e veja com espanto o que Deus tem feito por você!


Oremos: Senhor, obrigado por tudo que tens feito por mim, especialmente pelo teu sacrifício na cruz em meu favor. Nunca me negaste o teu amor. Por isso, quero te louvar eternamente. Em nome de Jesus. Amém.

Pastor Geraldo Walmir Schüler
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sábado, 26 de março de 2011

Saúde - uma benção


Leia : Marcos 7.31-37

“Então lhe trouxeram um surdo e gago, e lhe suplicaram que impusesse a mão sobre ele”. (v. 32)


Ó, meu Deus, que grande tesouro é um corpo sadio! E como agradecemos pouco por ele! Deus impôs à pobre carne toda sorte de doenças e sofrimentos... isso para que vejamos e sintamos todos os dias o que somos. Quanta cegueira!

Quando está preocupado o triste coração, logo instala-se a fraqueza do corpo. As verdadeiras doenças são as do coração: tristeza, tentação, etc. Eu sou um verdadeiro Lázaro, experimentado em muita doença!

É verdade, nossos sofrimentos são bem grandes. O que, porém, são eles, comparados com Cristo, Filho de Deus, o Crucificado? Em vista disso, todos deveríamos silenciar.

Martinho Lutero

sexta-feira, 25 de março de 2011

Administre o estresse


Se você está preocupado com a sua vida, entregue-a nas mãos de Deus. A confiança em Deus, nos seus valores e nos seus objetivos, se tornarão a base para a melhoria da sua situação e a diminuição do estresse. A sua confiança em Jesus Cristo é a fonte de um apoio contínuo e seguro. A fé em Cristo é o único acesso a Deus Pai, e a tudo o quanto ele oferece. Deus está com você fortalecendo-o nos seus sofrimentos e nas suas decisões. Deus é o seu melhor guia na busca de caminhos para reduzir os seus níveis de estresse. A fé abre perspectivas. Ela ajuda a distinguir o que é mais, ou menos importante. Jesus Cristo alivia o estresse, pois nele você encontra o refúgio seguro do perdão e a tranqüilidade da certeza da vida eterna.

Hora Luterana

quinta-feira, 24 de março de 2011

Poder e proteção

A visita presidencial dos Estados Unidos deu amostras sobre a pesada carga que uma nação suporta para manter-se no topo. Um peso não apenas escondido na fuselagem dos sofisticados aviões, mas, sobretudo, nos miolos destes líderes que carregam vital responsabilidade nos destinos do planeta. Obama comanda a nação que comanda o mundo, e por isto, é a pessoa mais invejada e odiada. Não é por nada todo o aparato de segurança, algo que impressiona e agride. Em todo caso, melhor um Obama do que um Bush. Afinal, ele tem o botão de 4 mil bombas atômicas e guarnece a eficiência de 104 usinas nucleares. Devemos agradecer ao Senhor dos senhores pelo fato da maior potência bélica e econômica ser democrática e dirigida por um homem sensato. Imaginem se fosse um Kadafi?

Em seu discurso, Obama elogiou o Brasil, e disse que “este não é mais o país do futuro – os brasileiros devem saber que o futuro já chegou e está aqui agora. É hora de tomar posse dele”. “Tomar posse” requer igualmente responsabilidade e equilíbrio. Se hoje somos uma das nações mais ricas do mundo, e pretendemos um assento no Conselho de Segurança da ONU, então devemos estar preparados para suportar esta glória.

O soberano rei Davi reconheceu que cada ser humano é um “Obama” e merece respeito e proteção. “Que é um ser humano para que penses nele?” – refletiu o chefe do emergente Israel. “No entanto, fizeste-o inferior somente a ti mesmo e lhe deste a glória e a honra de um rei. Tu puseste todas as coisas debaixo do domínio dele” (Salmo 8). Neste raciocínio, Davi afirma que “a pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo” (Salmo 91) obterá um eficiente aparato de proteção contra os inimigos.

Neste período antes da Páscoa, os cristãos lembram que o próprio rei se tornou um agente de segurança, e ofereceu a vida para salvar a humanidade. Num discurso, o Rei Jesus disse que o futuro já tinha chegado: “Vocês são bem-aventurados, pois o Reino dos Céus é de vocês. Vocês são a luz do mundo” (Mateus 5). Sem dúvida, um bônus e um ônus nesta sociedade armada com bombas nucleares em cada coração humano.

Marcos Schmidt
Pastor luterano
marsch@terra.com.br
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

domingo, 20 de março de 2011

Desejos maus


Os desejos das pessoas são como o mundo dos mortos: sempre há lugar para mais um. (Provérbios 27.20)

Primeiro: não sou contra as tecnologias, como internet, tv, celular, etc… Tenho desde e-mail a twitter e este (entre outros) blog, tudo numa tentativa de usar para o bem, uma (0u várias) ferramentas tão preciosas que temos para divulgar o Evangelho de Jesus Cristo.

Mas boa parte desta mídia toda sobre vive dos maus desejos das pessoas. São homens seminus dançando num programa de sábado à tarde. Mulheres mostrando-se completamente, na contra-mão daquelas pioneiras que queriam tirar da mulher a marca de objeto.

E Salomão foi afetado pela situação do próprio texto que escreve, pois para saciar seus desejos, seja de poder ou seja de luxúria, ele se envolveu e casou-se com centenas de mulheres, contaminando seu reino com a idolatria de suas esposas. Ele sabia bem que sempre cabe um desejo ruim a mais diante dos olhos das pessoas. E se nossos olhos são maus, só vemos maldade. Só desejamos maldades. Então casamentos acabam, porque “me apaixonei perdidamente por outra”. Famílias são destruídas, porque “a cocaína me faz fazer coisas incríveis”. E os cinco minutos de fama são buscados diante de uma nação de estúpidos telespectadores, que não têm capacidade para escolher programas bons para si e para suas famílias. A tv, o computador e o nosso corpo são, em si, coisas boas, mas quando usados para o pecado, são um mar de perdição.

Muitas vezes queremos que o inimigo não entre na nossa casa, mas ele entrou e faz morada. Ali, na posição central: aparecendo no monitor que incita ao pecado, à traição, à fofoca, ao dinheiro fácil e tantas outras coisas. Mas não precisamos quebrar nossas tvs ou computadores. Vamos usar pro bem. Usar para levar a Palavra de Jesus. Este sim, torna nossos desejos bons. Que o Senhor abençoe a todos.

Reverendo Jarbas Hoffimann

sábado, 19 de março de 2011

A Igreja é de Deus



As igrejas sofrem muitas críticas. E muitas são justificadas. Aqueles que professam a fé cristã não conseguem ser semelhantes a Deus. A perfeição de Cristo, o seu imenso amor, mesmo que admirado pelos cristãos, não será alcançado por ninguém. Por isso diz o apóstolo Paulo: “nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós” (2Co 4.7).

Essa declaração tem dois aspectos importantes. Um diz respeito aos cristãos: Ninguém é ou poderá ser semelhante a Deus. Ao contrário, somos frágeis potes de barro. Recipientes em que Deus graciosamente derrama a sua graça.

O outro aspecto a ser considerado é que Deus não pode ser criticado quando os cristãos tropeçam e caem. Tanto cristãos como não-cristãos são alvo do amor de Deus. Ele não tem preferências. O sacrifício e a morte de seu Filho Jesus Cristo na cruz foi a favor de toda a humanidade. Ninguém ficou fora dos seus planos. O importante não é reparar no que as pessoas dizem ser, mas avaliar o que Deus se dispõe a ser na vida de todos. Deus ama a todo o pecador. Ele quer perdoar e salvar a todos. Todo aquele que não rejeitar sua oferta de salvação e nele confiar, terá vida eterna.

A oferta de Deus é um grande tesouro que não está aí para ser guardado, mas para ser distribuído a todos. Por meio desse tesouro somos tornados membros da Igreja de Deus. Quando estamos nessa Igreja passamos por pressões de toda ordem, mas Deus não nos abandona, ele continua agindo em nós. Ele vai nos renovando e fortalecendo a cada dia com o seu Santo Espírito para possibilitar nosso ingresso na vida que dura para sempre.

Reverendo Paulo Edmundo Jung
Fonte: Cristo Para Todas as Nações

sexta-feira, 18 de março de 2011

"Dizem que sou louco"

De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.
(1 Co1.18)

Certamente você já ouviu esta frase, cantada agudamente na voz de Nei Matogrosso. Interessante uma frase seguinte: “mais louco é quem me diz, e não é feliz, não é feliz”. É claro que não é uma música cristã. E nem tem pretensão de ser (ao contrário de tantas outras “cristãs” que temos por aí hoje, que falam de tudo, menos de Jesus). Mas é uma excelente música da MPB. De uma época nem tão distante em que os cantores e compositores conseguiam ter um pouco mais de inspiração do que simplesmente dizer “créu”, “vou te aparar pela rabiola”, “ajoelha e chora”, “beijo na boca é coisa do passado…” e pra não faltar todos os estilos mais populares: “que pescar que nada…”.

Bem, afora esta “viajada” musical da pior qualidade, fico com a música que já foi gravada em mais de uma voz: “Balada de louco”. Que, repito, é muito bonita, embora o conteúdo possa ofender muitos cristãos.

Na música a pessoa faz como uma criança contrariada:
-Você é feia!
-Mais feio é quem me diz!

E então, o que isso tem a ver com a Bíblia? Eu só lembrei da música, quando meditava no texto de Paulo aos Coríntios, capítulo 1, versículo 18, repetido acima. Porque muitas vezes as pessoas, com suas “sabedorias” querem ajudar Deus a ser Deus. Parece que precisa ser esse ou aquele pregador, para que o Espírito “consiga” agir ou aja “poderosamente”. Nesse mesmo capítulo de Coríntios, o apóstolo afirma que não se precisa disso. Porque a Palavra é simples, sendo ainda, talvez por sua simplicidade, loucura para os sábios.

A sabedoria de Deus afirma: o Senhor Jesus morreu POR VOCÊ e por isso você tem salvação. A Cruz é loucura, porque razão nenhuma concebe tamanho sacrifício e ainda mais que ele possa nos trazer algum benefício. Mas creia. É assim.

Creia no Senhor Jesus e você será salvo, mesmo que isso pareça loucura.

Reverendo Jarbas Hoffimann

quinta-feira, 17 de março de 2011

6000 vezes!



Nesta semana, nosso blog atingiu a marca de 6.000 visualizações e queremos agradecer à vocês pelas visitas diárias! Muito obrigado por confiar no conteúdo que temos a oferecer. Tentamos sempre postar artigos, mensagens e vídeos que condizem com os ensinamentos bíblicos do luteranismo.

Caso tenha alguma sugestão ou reclamação, se expresse no nosso mural de recados, o blog existe para seu usufruto, luterano ou não, cristão ou não.

Agradecemos também ao Reverendo Marcio Loose, que fundou o blog quando era pastor desta congregação, ao Reverendo Marcos Schmidt e ao Reverendo Jarbas Hoffiman, que permitem a utilização de seus textos, sendo os principais colaboradores do blog. E damos as boas-vindas ao Reverendo Sidnei Ahnert que logo assumirá a administração do blog

Mais uma vez, agradecemos a confiança, e deixamos claro o comprometimento com a Palavra de Deus, e com você, para que possa ter disponível diariamente um material de boa qualidade teológica

Que o Senhor esteja conosco!


Pedro Francisco Campos
Universitário

Ondas de imagens


Se uma imagem vale por mil palavras, então qualquer coisa que a gente escreve sobre esta tragédia nipônica corre o risco de sucumbir. Sempre carregando as sofisticadas câmeras, os japoneses estão revelando ao mundo cenas impressionantes. O sentimento global é de perplexidade. Será o cumprimento da profecia de Jesus? Que “todas as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas” (Lucas 21.25)? Por que “todas as nações”? Qual a razão dos moradores que vivem nos lugares mais altos, ou no outro lado do planeta, estarem apavorados? Creio que a resposta está nesta grandiosa onda que invade o mundo – as chocantes imagens vindas do país da Sony, da Panasonic, da Nikon...

Tsunamis são antigos. Há três mil anos o rei Davi já dizia: “Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles” (Salmo 32.6). Davi comparou este desastre natural com a desolação espiritual que invade a vida daqueles que não têm um “esconderijo que livra da aflição” (v.7). Ele viveu às margens do Mar Mediterrâneo, e deve ter presenciado ou sabia algo a respeito. Segundo registros arqueológicos, foi neste período bíblico que ocorreu um dos maiores maremotos que aniquilou a ilha de Creta, próximo às terras litorâneas de Israel.

O fato novo, por isto, são as impactantes imagens que transportam a humanidade para o Japão, e faz com que “todas as nações estejam desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas”. No entanto, se a imagem tem poder, vem à lembrança a foto daquela criança de quatro meses, encontrada viva entre os escombros do tsunami, e que se tornou símbolo de esperança no Japão. Algo que remete à imagem da criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura. “Não tenham medo”, disse o anjo aos pastores de Belém, porque este menino vai salvar vocês. Já crescido, ele acalmou o mar, e todos ficaram admirados: “Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?” (Mateus 8.27). É dele que Davi se refere ao confessar “Tu és o meu refúgio” quando surgem as grandes ondas.

Marcos Schmidt
Pastor luterano
marsch@terra.com.br
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

quarta-feira, 16 de março de 2011

Somente na luz é possível ter paz



Quem anda perdido, sem rumo, na escuridão, anda em círculo e tende a retornar sempre para o mesmo lugar. Os faróis, com sua luz, orientam os navegantes, livrando-os de acidentes e tragédias. Um pescador cujo barco afundou no mar agitado, nadou muito e conseguiu se salvar. Contou depois que uma luz que avistara no continente era a sua orientação. Tinha certeza de que se nadasse naquela direção chegaria à praia.

Jesus se apresenta como a “luz do mundo”. Ele mostra o caminho, ilumina a escuridão interior. Ele traz paz e bem-estar com a sua luz. Torna o caminho seguro para qualquer um, mesmo quando rodeado de trevas.

Neste mundo, vivemos rodeados de trevas. Essas trevas são aquilo que prende o nosso coração fazendo com que ele se afaste de Deus. Muitas vezes são coisas boas e necessárias, mas quando elas assumem uma dimensão de tanta grandeza que nos impedem de fazer a vontade de Deus, tornam-se trevas. Quando pais se descuidam da educação de seus filhos por não terem tempo suficiente para isso; quando a religiosidade é tanta que os outros parecem tornarem-se pecadores demais, temos indícios de que as trevas estão tomando conta. Essas trevas ocupam a vida, os lares, o tempo, os hábitos, os costumes e, principalmente, a mente das pessoas. Nosso inimigo, Satanás, luta para nos distanciar de Deus.

Por mais espessas que sejam essas trevas, a luz de Cristo é tão clara, tão penetrante que vai dissolvendo as trevas do pecado, da culpa. A luz de Cristo é graça, perdão, amor, garantia de vitória, salvação e vida eterna. É por isso que anunciamos o evangelho de Cristo. Ele transmite a luz que proporciona paz, segurança, felicidade, consolo e esperança.

Pastor Paulo Edmundo Jung
Fonte: Cristo Para Todas as Nações

segunda-feira, 14 de março de 2011

A verdadeira promessa




Jesus Cristo não nos promete o primeiro prêmio da loteria, nem promete que tudo será cor de rosa. Pelo contrário, ele nos disse que teríamos que passar por provas e até sofrer o desprezo dos outros, por confiarmos nele e não nas coisas que dão sorte. Sem a menor dúvida, ele nos prometeu a sua companhia para que tenhamos a sua paz, mesmo no meio dos maiores desafios da vida. Ele venceu a morte e ressuscitou e prometeu estar presente em nossas vidas até o fim dos tempos. Confie nele! Jesus cumpre todas as suas promessas.

Fonte: Cristo Para Todas as Nações

domingo, 13 de março de 2011

Tentação e Provação


“Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. (Hebreus 4.15)

Quando o diabo me tenta, meu coração se consola e a fé se fortalece por saber daquele que venceu o diabo e veio socorrer-me e consolar-me. Assim, pois, a fé vence o diabo. Portanto, o primeiro artigo que importa é que Deus me ensine a fé, para que saiba que Cristo venceu o diabo por mim.

E depois: sabendo que o diabo já não tem poder sobre mim, mas que está vencido por causa da fé, também tenho que pôr-me à disposição para que também seja tentado. E isso terá por resultado o fortalecimento de minha fé e que o próximo encontre consolo e exemplo em minha vitória e tentação.

Lembrem-se disso: Quando alguém começa a crer, a tentação não demora. O Espírito Santo não o deixa descansando e festejando. Logo o exporá à tentação. Por quê? Para que a fé se comprove. Do contrário, o diabo nos levaria às voltas como uma palha ao vento. Quando, porém, Deus vem e pendura em nós um lastro, tornando-nos pesados de sorte que temos que ficar firmes no chão, o diabo e todo o mundo reconhecerão que é o poder de Deus que está fazendo isso. Assim, Deus revela sua glória e majestade em nossa fraqueza. Por isso, lança-nos ao deserto, ou seja, faz com que estejamos abandonados de todas as criaturas, de sorte que não vejamos de onde nos pudesse vir ajuda e chegamos a pensar, inclusive, de estarmos abandonados por Deus. Pois, como age aqui com Cristo, assim age também conosco. Esse caminho não é doce, mas de causar medo à pessoa.

Martinho Lutero (1453-1546)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nossas armas: Palavra e Oração



Estas são as duas armas que vencem o diabo e das quais ele tem medo; continuamente ouvir a palavra de Deus, estudá-la e colocá-la em prática, instruir, consolar e fortalecer com a mesma; e, por outro, quando a tentação e a luta começam, levantar o coração (para essa mesma palavra), clamar e pedir a ajuda de Deus em oração. Assim que das duas uma esteja sempre em andamento, num contínuo diálogo entre Deus e o homem. Ou que ele fale conosco enquanto nós ficamos sentados quietos, ouvindo; ou que ele nos ouça falando com ele, pedindo o que nos falta.

Tanto num como noutro caso, isso é insuportável para o diabo, e ele não pode fazer frente a tanto. Por isso, os cristãos devem estar munidos de ambas, de sorte que seus corações, constantemente voltados para Deus, conservem sua palavra e, em constantes suspiros, orem um Pai nosso que não termina nunca. As tentações e as dificuldades com as quais o diabo, o mundo e a carne afligem o cristão constantemente, deveriam ensinar-lhe a estar sempre no ponto em que o inimigo o quer atacar; a vigiar e ficar atento, pois o inimigo não dorme nem descansa por um instante sequer.

Martinho Lutero (1453-1546)
Doutor em Teologia
Fonte: Comissão Interluterana de Literatura

quinta-feira, 10 de março de 2011

O Fruto do Espírito


A alegria é fruto do Espírito Santo. A exemplo do amor, ela está em Deus e nos próximo. Está em Deus quando nos alegramos e na misericórdia divina, mesmo em meio às violências e contrariedades da vida, quando, sem cessar, louvamos ao Senhor, mesmo estando na fornalha de fogo ardente (Daniel 3). A alegria é aquela conversa animada entre noivo e noiva, ou seja, a feliz e amável recordação que o cristão tem de Cristo, a salutar admoestação, os cânticos festivos, os hinos de gratidão e os salmos de louvor com os quais os cristãos se exortam, exercitam e alegram mutuamente.

Seguidamente, a Escritura indica que Deus não tem prazer num espírito contristado, mas deseja que nos alegremos nele. Assim, mandou seu Filho ao mundo, não para nos entristecer, mas para nos alegrar. Por isso, os profetas, os apóstolos e o próprio Cristo admoestam, sim, ordenam que sejamos felizes e nos alegremos. Onde houver essa alegria espiritual mencionada por Paulo em nosso texto (porque a alegria desse mundo acaba em luto e choro), ali, a pessoa, por meio da fé em Cristo, alegra-se em seu íntimo, tem certeza de que ele é nosso Salvador e Sumo Sacerdote que intercede por nós diante de Deus, e, também, deixa que essa alegria se manifeste exteriormente por meio de palavras e ações. Sim, o coração se alegra até mesmo em meio à tribulação e morte. Resumindo: Os cristãos se alegram por terem um Pai gracioso no céu por meio de Cristo, e sua maior alegria é ver que o evangelho está sendo amplamente divulgado e que muitas pessoas estão abraçando a fé, e, assim, o reino de Cristo está aumentando. O mundo não conhece essa alegria.

Por último, a alegria está no próximo quando deixamos de invejar seus bens, mas nos alegramos com ele como se fossem nossos e enaltecemos os dons que Deus lhe deu.

Martinho Lutero (1453-1546), Doutor em Teologia

quarta-feira, 9 de março de 2011

Santo Cristo e o Carnaval


A fuga da realidade segue por outros aspectos da vida humana, não só no profano, também no religioso. Se o reinado do momo é a festa da carne, tem a festa do espírito que procura em vão a mesma coisa: anular a dureza das desventuras terrenas. Em vão, porque usa um “santo Daime” – chá com poderes alucinógenos – oferecido num cenário fantasiado com promessas que entorpecem a mente e o coração. Este “carnaval” tem nome e endereço, um espetáculo da glória que esconde a cruz nos bastidores e mantém o sofrimento humano fora das passarelas. Doenças, pobreza, miséria, dor? Isto foi anulado em nome de Jesus – pregam eles. Puro analgésico que mascara a real enfermidade.

Entre fantasias e adereços, neste Domingo do Carnaval os cristãos celebraram a Transfiguração do Senhor (Mateus 17). Num retiro, três discípulos puderam ver o trailer da glória celestial onde uma luz intensa resplandeceu do corpo de Jesus. Não eram efeitos especiais. Era a realidade do esplendor celestial. Deslumbrado, Pedro quis armar barracas e ficar ali mesmo. Esqueceu que precisava descer do monte, pegar a sua cruz e voltar para o vale da sombra e da morte.

É preciso descer e ter os pés no chão. Como? Para os enlutados das 27 vítimas de Santo Cristo, só mesmo Cristo, o Santo. Até o Carnaval foi suspenso nesta cidade, pois a morte não usa máscaras. Restou apenas a quarta-feira de cinzas. Mas o que este Cristo pode fazer? Pedro, em outro episódio, depois que muitos seguidores abandonaram Jesus porque os milagres haviam cessado e restava apenas a cruz – foi enfático: “Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão a vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou” (João 6.68,69).

Na marchinha de Carnaval “Pastorinhas”, Noel Rosa cantava que “a estrela d'alva no céu desponta”, para depois lamentar “meu coração não se cansa de sempre, sempre te amar”. Triste canção de um amor não correspondido num mundo cheio de desilusões. Por isto o hino do amor que sempre correponde e não ilude, amor daquele que disse: “Eu sou a brilhante estrela d'alva” (Apocalipse 22.16).

Marcos Schmidt
Pastor luterano
marsch@terra.com.br
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

terça-feira, 8 de março de 2011

O Valor da Transfiguração de Jesus


Antes de realizar o plano de amor do Pai através de sua Paixão, Jesus passa pela Transfiguração. No alto do monte, diante das testemunhas Pedro, Tiago e João, seu rosto e suas roupas brilharam intensamente e com Ele vieram estar Moisés e Elias para falar da sua morte em Jerusalém. Eu poderia passar horas imaginando esta cena extraordinária... Mas eu preciso olhar seu significado e valor, e nela vejo certeza, consolo e esperança.

1. Certeza: confirma que Jesus é o Filho de Deus


Depois da declaração de Pedro que Jesus é o Cristo de Deus (Lc 9.20), Jesus fala da necessidade de sua morte (Lc 9.22). Especialmente Pedro reprovou esta idéia, e os outros ficaram se questionando como alguém divino se humilharia deste jeito. A transfiguração vem como uma prova da divindade de Jesus: sua glória revela-se com o brilho do seu rosto e vestes. Jesus não era só humano. E para confirmar mais ainda, Moisés e Elias falam com Jesus sobre o cumprimento do plano da salvação, do qual fizeram parte ativa no AT. Outra confirmação vem com a voz do meio da nuvem: Este é o meu filho, o meu eleito, a ele ouvi. A salvação se realiza através de Jesus que é verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem e na vida daquelas pessoas que dão ouvidos às suas palavras (Jo 5.24; 8.31).

2. Consolo: prepara os discípulos e Jesus para o sofrimento na cruz


A Transfiguração acontece no limiar da Páscoa e por ela Jesus preparou os discípulos para não se escandalizarem com a sua Paixão e morte na Cruz. Nesta cena os discípulos contemplaram a glória do Senhor, para que quando depois o vissem crucificado, compreendessem que o sofrimento era voluntário e anunciassem que era verdadeiramente o enviado de Deus. E mesmo Jesus, na condição humana,viu-se consolado, recebendo a confirmação de sua identidade e missão pela presença de Moisés e Elias e pela voz do Pai. Assim como Cristo, nós também podemos encarar o sofrimento com mais coragem, porque é sabido que a glória nos espera.

3. Esperança: aponta para a nossa glória eterna

A transfiguração dá-nos um antegozo da vinda gloriosa de Cristo quando: “Ele transformará os nossos corpos fracos e mortais e os tornará como o seu próprio corpo glorioso” (Fp 3.21). Desde já participamos parcialmente da glória do Senhor, mas no dia da nossa ressurreição seremos “manifestados com Ele cheios de glória” (Cl 3.3). Na visão da transfiguração vemos que o céu é um paraíso, que é o lugar onde Jesus está e onde estaremos juntos com ele. Um lugar, conforme o livro de Apocalipse, cheio de esplendor, sem dores, tristezas, aflições, pecados e tudo o mais que nos faz sofrer agora. A Bíblia não nos revela todas as realidades celestiais e espirituais. Mas o relato da Transfiguração de Jesus foi um destes momentos especiais que nos deixam plenos de certeza, consolo e esperança. Por isso, a Transfiguração é uma festa, melhor do que outras por aí!

Pr. Eliseu Teichmann
Fonte:Congregação Evangélica Luterana Cristo, de Santa Maria/RS


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A cada novo dia o convite de Deus



Você já recebeu algum convite hoje? A cada novo dia é hora de ouvir o convite de Deus: “Filho, ofereço-lhe perdão. Jesus Cristo já sofreu o castigo que você merecia. Arrependa-se e aceite o meu perdão. Creia em Jesus Cristo como o seu Salvador. Faça isso, pois quero que você seja salvo.” Eis aí, diante de cada um, o perdão e o amor divino. O perdão que Deus oferece em Jesus cobre todas as nossas maldades. Aproveite o convite amoroso de Deus. Arrependa-se dos seus pecados e creia que Jesus sofreu e morreu também por você. No final de cada dia você poderá dizer com alegria: Obrigado, Senhor, porque és bom e és misericordioso comigo! Amém.

Oração:

Amado Deus, as pessoas estão cada vez mais procurando a paz. Mas às vezes parece que não querem a paz que só tu podes nos dar: a verdadeira paz, paz no coração, paz na alma, paz que só tem quem conhece Jesus Cristo e confia nele como o único Salvador. Ajuda-me a mostrar essa paz às pessoas, para que o mundo possa ser um lugar melhor para se viver. Amém.

Fonte: Cristo Para Todas as Nações

segunda-feira, 7 de março de 2011

Não envergonhe o nome do senhor!


Leia : Efésios 4.22-32


“... não dando nós nenhum motivo de escândalo em cousa alguma, para que o ministério não seja censurado”.
(2 Co 6.3)

O cristão deve ter o cuidado de não causar escândalo a ninguém com sua vida, para que não seja blasfemado o nome de Deus. É algo grandioso ver um cristão que é nova criatura, criado à semelhança de Deus, sendo autêntica imagem de Deus, na qual o próprio Deus quer ser refletido e através do qual quer brilhar. Por isso, o que o cristão faz de vem ou de mal (com o nome de cristão) glorifica ou envergonha o nome de Deus. Quando, pois, seguirem os seus desejos e fazem o que quer o velho Adão, nada fazem do que dar espaço e motivo ao blasfemador, de sorte que o nome de Deus é envergonhado por causa de vocês.

O cristão deve ter o máximo de cuidado dessas coisas. Se com nada se importa, que ao menos poupe o nome e a honra de seu amado Deus e do Salvador Jesus Cristo.

Martinho Lutero(1453-1546), Doutor em Teologia

Convite!


Nesta quarta, nossa congregação dá início a outra atividade, o Estudo Bíblico, sendo este realizado semanalmente, sempre às 19h30.

Sidnei Ahnert, teólogo luterano e pastor local, é quem preparará e ministrará os estudos.

Todos são convidados, e portanto bem-vindos, para conhecer mais das Sagradas Escrituras junto conosco!

"A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho" (Sl.119.105)

sábado, 5 de março de 2011

Luz guia


"A luz brilha na escuridão para aqueles que são corretos, para aqueles que são bondosos, misericordiosos e honestos"

(Sl 12.4)

O versículo acima diz que no escuro haverá uma luz para aqueles que andam segundo a vontade de Deus. É mais que uma luz, literalmente falando. Mas é uma verdade.

Aquele que é guiado pela vontade de Deus não precisa ficar preocupaco com o que fazer nas situações de tentação, de provação e de pecado. A luz da orientação de Deus brilha forte e mostra o caminho certo a seguir.

Que na sua vida sempre possa existir a iluminação do Senhor, pois assim, na maior escuridão, sempre haverá luz. Amém.

Jarbas Hoffimann, Pastor e Teólogo Luterano


sexta-feira, 4 de março de 2011

5 minutos com Jesus


Ouça diariamente uma boa reflexão produzida pela "Hora Luterana" aqui:

O fariseu

“O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano”. (v. 11)

O fariseu quebra e transgride todos os mandamentos, pois nega a Deus e também não presta serviço algum ao próximo. Com isso, ele se arruinou, porque não cumpriu um ponto sequer da lei. Se ele tivesse dito: “Ó Deus, nós todos somos pecadores: aquele pobre pecador, eu também, a exemplo de outros”, e se tivesse incluído na comunidade e dito: “Ó Deus, tem misericórdia de nós!”, então teria cumprido o primeiro mandamento de Deus, uma vez que teria dado honra e louvor a Deus. E se, depois, tivesse dito: “Ó Deus, vejo que aquele ali é um pecador, presa de Satanás’ajuda-o, bondoso Senhor!”, e o tivesse carregado nas costas e trazido diante de Deus, intercedendo por ele, teria cumprido também cumprido o outro mandamento, o do amor cristão, como Paulo diz e ensina (Gálatas 6.2): “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”.

Mas acontece que ele chega e louva a si mesmo, diz-se justo, e todo sim-senhor, gaba-se de suas supostas boas obras, como jejuar e dar o dízimo de tudo o que ganha. Ao mesmo tempo, está cheio de ódio ao próximo que, se Deus lhe desse ser juiz, empurraria o pobre publicano ao mais profundo dos infernos. Vejam: Não é terrível ouvir isso e não se mostrar aí um coração perverso, querer que todos os homens sejam condenados apenas para que eu seja louvado?

E isso nos é apresentado para que não imitemos o exemplo do fariseu.

Martinho Lutero(1453-1546), doutor em teologia




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quinta-feira, 3 de março de 2011

Hora Luterana


Ouça aqui diariamente pequenas mensagens escritas com sabedoria:

Autocontrole no trânsito


As chocantes imagens do atropelamento coletivo de ciclistas em Porto Alegre servem de exemplo para motoristas, ciclistas, motoqueiros, pedestres. Questionado sobre o que faria se pudesse voltar no tempo, o atropelador respondeu que teria ficado em casa naquele dia. Mas não adianta fugir das ruas quando em casa está a família. Até porque não é preciso um volante para atropelar. Bastam palavras e gestos de um coração dominado pelo impulso da raiva.

Pesquisas revelam que este motorista agressivo não está sozinho. Boa parte dos brasileiros transforma-se em predador assim que agarra o volante. Uma psicóloga brasileira entrevistou 900 motoristas, e descobriu que 84% deles sentem ira enquanto dirigem. "O carro dá poder e permite o extravasamento de emoções, inclusive da raiva que se traz de casa ou do trabalho", diz um psiquiatra especialista em tráfego. Problema que, segundo ele, se agrava quando juntam três situações: o carro servindo de objeto de poder, o trânsito extravasando a raiva, e a presença de um transtorno impulsivo.

Que o carro é uma arma, isto os dados comprovam. Mais de 50 mil mortos e 500 mil feridos por ano nas avenidas do nosso país. No entanto, o que muitos não sabem é que ela está engatilhada nas mãos de qualquer motorista, de gente simples e poderosa, de gente tranquila e nervosa, de gente sã e doente. Como evitar que eu seja a próxima vítima, ou o próprio assassino? Um desafio diário e constante quando boa parte da nossa existência transita em quatro ou duas rodas.

Além de controlar um veículo, o motorista precisa controlar a si mesmo. “Deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana”, lembra o “código de trânsito” em Gálatas. Um destes desejos é a raiva, mas, ao enumerar os frutos na vida daqueles que são “controlados” pelo Espírito Santo, o texto finaliza com o domínio próprio. Já em outra epístola, o mesmo autor avisa: “Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem” (Efésios 4.26). Um alerta nestas loucas avenidas entulhadas de carros e de gente estressada.

Marcos Schmidt
Pastor luterano
marsch@terra.com.br
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS


Que pés bonitos!

"Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" (Isaías52.7)

Hoje tive a oportunidade de participar de uma bonita cerimônia de desinstalação de pastor. Ele recebeu um novo chamado e entendeu que o Senhor o queria em um novo desafio. Havia nove pastores participando da cerimônia, entre eles, o pastor Elmar, que estava sendo desinstalado depois de 9 anos e 5 meses de ministério na Paróquia Concórdia.

Um dos versículos (entre tantos) citados nesta cerimônia foi Isaías 52.7. Certamente um dos versículos mais belos sobre a missão e o mensageiro. E também sobre a notícia entregue, as “boas-novas” (que é a tradução de Evangelho, no Novo Testamento).

Analisando e contradizendo “que feio é o pé daqueles que trazem notícias ruins”. Não o pé em si. O texto fala poéticamente referindo-se às pegadas. Imagine você chegando em casa e encontrar as pegadas daqueles que roubaram seus bens. Ou as pegadas que se investiga no CSI (“Crime Scene Investigation” – série muito premiada) para se descobrir assassinos, estupradores e outros marginais… Se esses pés são feios… São horríveis. Nos trazem tristeza. E como pegadas, ficarão marcadas em nossa vida para sempre. Acredite! Senti na pela chegar em casa e ver pegadas de bandidos.

Com o tempo, qual pegadas na areia, as pegadas ficarão cada vez mais rasas, mas ao contrário da areia e como a “areia” lunar, as marcas ficarão como as pegadas de Neil Armstrong no solo do nosso satélite natural. Elas estão lá até hoje, mesmo 41 anos depois.

Se a gente deixar, as boas pegadas também serão apagadas de nossa vida. Mas se continuamente os mensageiros continuarem a vir, sempre haverá pegadas novinhas. Pegadas que nos lembrão de coisas bonitas. Coisas como a notícia da Salvação. Aliás, as pegadas de Jesus estarão sempre novinhas em nossos corações. Elas são renovadas quando paramos para ler a Palavra, quando vamos ao culto e tudo mais.

O pastor Elmar e todos os pastores dedicados ao Senhor, continuarão deixando boas pegadas, não só sobre os belos montes do Espírito Santo, mas aonde o Senhor os levar. Que cada um de nós também possa deixar boas pegadas pelos caminhos que compartilhamos com outros. Amém.

Rev. Jarbas Hoffimann, pastor e teólogo luterano