domingo, 13 de março de 2011

Tentação e Provação


“Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. (Hebreus 4.15)

Quando o diabo me tenta, meu coração se consola e a fé se fortalece por saber daquele que venceu o diabo e veio socorrer-me e consolar-me. Assim, pois, a fé vence o diabo. Portanto, o primeiro artigo que importa é que Deus me ensine a fé, para que saiba que Cristo venceu o diabo por mim.

E depois: sabendo que o diabo já não tem poder sobre mim, mas que está vencido por causa da fé, também tenho que pôr-me à disposição para que também seja tentado. E isso terá por resultado o fortalecimento de minha fé e que o próximo encontre consolo e exemplo em minha vitória e tentação.

Lembrem-se disso: Quando alguém começa a crer, a tentação não demora. O Espírito Santo não o deixa descansando e festejando. Logo o exporá à tentação. Por quê? Para que a fé se comprove. Do contrário, o diabo nos levaria às voltas como uma palha ao vento. Quando, porém, Deus vem e pendura em nós um lastro, tornando-nos pesados de sorte que temos que ficar firmes no chão, o diabo e todo o mundo reconhecerão que é o poder de Deus que está fazendo isso. Assim, Deus revela sua glória e majestade em nossa fraqueza. Por isso, lança-nos ao deserto, ou seja, faz com que estejamos abandonados de todas as criaturas, de sorte que não vejamos de onde nos pudesse vir ajuda e chegamos a pensar, inclusive, de estarmos abandonados por Deus. Pois, como age aqui com Cristo, assim age também conosco. Esse caminho não é doce, mas de causar medo à pessoa.

Martinho Lutero (1453-1546)

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