quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

CENAS CONSTRANGEDORAS



A cena do atual presidente dos EUA, George Busch, esquivando-se de "sapatadas" foi bastante "constrangedora".


No entanto, cenas igualmente "constrangedoras" foram filmadas em Santa Catarina. Não estou me referindo as imagens das catástrofes e tragédias causadas pelas chuvas, e sim da tragédia que é a falta de moral e o excesso de egoísmo. Esta tragédia foi flagrada! Voluntários foram filmados pegando para si as melhores doações. Aquilo que era para ser entregue aos necessitados, acabava ficando com aqueles que estão lá para ajudar. Diante de uma cena assim, da vontade de jogar os sapatos com toda força. Porém, se formos jogar sapatos em toda cena que demonstra egoísmo e falta de caráter, ficaremos de pés descalços.


Se formos realmente justos e sinceros, sapatos seriam jogados sobre nós mesmos, afinal, se filmadoras nos rodeassem, com certeza filmariam cenas constrangedoras, revelando nossos erros, nossos pecados. Quem não tiver pecado que atire o primeiro "sapato". Aqui está algo importante dentro das reflexões sobre a nossa vida – é fácil nos revoltarmos contra aqueles que estão metendo a mão nas doações aos flagelados de Santa Catarina, mas é difícil analisarmos que, tirando vantagem aqui e ali no dia-a-dia, também estamos agindo vergonhosamente.


Vergonhoso e constrangedor foi a cena em que o Filho de Deus veio ao mundo, no primeiro Natal, e teve que nascer em um galpão, em uma estrebaria, pois não havia lugar para ele na hospedaria. Que baita constrangimento! Ah, se pudéssemos jogar um sapato naquele dono da hospedaria que não conseguiu um lugar para José e Maria, que não conseguiu um lugar para Jesus nascer. Mas, e nós? Reservamos lugar para Jesus? É necessário lembrar que precisamos tirar a trave do nosso olho, para então auxiliarmos a tirar o cisco do olho do outro. O Senhor Jesus, ainda hoje, quer nascer e encontrar um lugar em nossos corações. Será que ele encontra? Que constrangimento!


Mas, dentre todas as "cenas constrangedoras", nada foi mais vergonhoso do que a crucificação. O criminoso era exposto diante de todos, em dor, em vergonha, em sofrimento.


Jesus, ao vir ao mundo, sabia de todos os "constrangimentos" que teria de passar por nós. Ele enfrentou tudo e a todos, a fim de nos libertar do "constrangimento" da condenação eterna. Por isso, livres e "constrangidos pelo seu amor", comemoremos mais um Natal, amando em justiça e verdade os nossos semelhantes.
Pastor Ismar Pinz
Congregação Cristo Redentor, Pelotas, RS.
ismarpinz@yahoo.com.br

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