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“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si”. (v. 4)
Este é um texto claro, vigoroso. Nossas dores e enfermidades são o sofrimento desse rei. Ele carrega o fardo que nós deveríamos ter carregado para sempre. As dores que nós tínhamos merecido, a saber, que deveríamos sofrer, passar fome e sede, bem como morrer eternamente, tudo isso é colocado sobre ele. Seu sofrimento vale para mim, para você, para todos. Pois ele sofreu por nós. Mas “nós o considerávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”.
E isso é verdade. Pois Moisés mesmo diz: “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”. Por isso, quando ele estava pendurado na cruz, eles o chamaram de condenado e maldito. Não pode ajudar a si mesmo; como poderia ajudar a outros? Mas eles se enganaram a seu respeito, pois ele leva sobre si as nossas dores. Segundo a aparência exterior, tudo indica que ele é maldito. Agora, segundo o espírito, ele leva sobre si as minhas dores, as suas dores e as de todos os homens. “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Ele é castigado – nós temos paz. Eu, você e todos os homens provocamos a ira de Deus; é isso que ele tem de expiar, para que nós, libertos dos pecados, pudéssemos ter paz. Ele tem de sofrer – nós somos libertados.
Amor e misericórdia tão grandes assim não deveriam ser tão vergonhosamente esquecidos.
Martinho Lutero (1453-1546)
Doutor em Teologia
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